Nesta terça-feira (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, por unanimidade, suspender a importação do imunizante indiano Covaxin, solicitado pelo Ministério da Saúde, de acordo com o G1.
Segundo a agência, a decisão foi determinada após o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, informar que a Precisa Medicamentos não possui mais autorização para representar a empresa em território brasileiro.
"A decisão levou em conta ainda notícias de que documentos ilegítimos podem ter sido juntados ao processo de importação, o que pode impactar as conclusões quanto aos aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina a ser utilizada na população nacional", diz uma nota divulgada pela agência.
Na sexta-feira (23), o laboratório indiano rescindiu o acordo com a Precisa Medicamentos, e a Anvisa suspendeu os testes clínicos com o imunizante no país, sendo que a decisão unânime foi tomada no sábado (24), conforme noticiado.
Sobre a medida definida hoje (27), a agência explicou que a mesma prevalece "até que sobrevenham novas informações que permitam concluir pela segurança jurídica e técnica da manutenção da deliberação que autorizou a importação".
Segundo a mídia, o Brasil chegou a empenhar R$ 1,6 bilhão para a aquisição de 20 milhões de doses do imunizante. Mas, em meio a uma série de investigações envolvendo a contratação, o processo acabou suspenso.
A CPI da Covid, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) apuram o caso.