A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) reafirmou nesta terça-feira (27) que foi vítima de um atentado em seu apartamento funcional em Brasília. A parlamentar se comparou ao empresário PC Farias, assassinado quatro anos depois de ser o pivô do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992.
Já disse com todas as letras que isso não é coisa de amador, mas de profissional. Ninguém entraria na casa de uma parlamentar para agredí-la dando “tchauzinho” para a Câmera do térreo ou do elevador, tento tantos pontos cegos no prédio. Não terei o mesmo destino de PC FARIAS.
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) July 27, 2021
Tesoureiro da campanha de Collor à Presidência da República em 1989, PC Farias foi morto em junho de 1996. O corpo dele foi achado ao lado do da namorada, em Maceió, Alagoas. Embora o inquérito policial tenha indicado que ocorreu um homicídio seguido de suicídio, há indícios de que uma terceira pessoa teria estado no quarto onde o casal morreu.
"Polícia Civil fez agora longa perícia no meu apartamento com o que há de mais moderno em investigação. Também recolheu materiais para análise. Essa investigação vai até o fim. PC [Farias] também viu as falhas de segurança do prédio. Não existem câmeras de segurança nas escadas e entradas dos apartamentos", afirmou Hasselmann.
A deputada se recupera de cinco fraturas no rosto e uma na costela, além de alguns cortes pelo corpo. A parlamentar afirma que estava assistindo televisão na cama do apartamento funcional que usa em Brasília em 17 de junho quando "apagou" e acordou no chão do quarto, sobre uma poça de sangue, sem memória do que havia ocorrido.
"Vou até as últimas consequências. Entregarei meu sigilo telefônico, que já estava à disposição, para as polícias. Faço questão que os delegados vejam as mensagens. Outros boletins de ocorrência e notícias crime serão feitos essa semana. É muito material que está sendo levantado", escreveu Joice Hasselmann nas redes sociais.
A perícia no apartamento de Joice ocorreu nove dias depois da data que a deputada afirma ter sido agredida. Inicialmente, a parlamentar procurou o Departamento de Polícia Legislativa (Depol) para tratar do caso. Em nota divulgada nesta terça-feira (27) pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o órgão informou que o Depol encerrou seus trabalhos e encaminhou o inquérito para o Ministério Público Federal (MPF), informou o portal UOL.