Deslocamento em massa de mais de quatro mil colombianos chegou hoje (27) à cidade de Ituango, no departamento de Antioquia. Segundo Luis Fernando Suárez, governador do departamento, grupos armados ilegais "estão em uma disputa territorial e geram esse deslocamento sem precedentes".
A causa da movimentação popular são ameaças de morte e confrontos entre dissidentes das FARC e grupos residuais de paramilitares de direita, agora agrupados na organização Clan del Golfo.
Há vários dias, ônibus colombianos típicos, sem portas e com capacidade para transportar passageiros no teto, chegam a Ituango oriundos de cidades distantes.
O ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, anunciou no Twitter que a cidade será reforçada "com tropas", e prometeu "garantir o retorno da população aos seus locais de origem".
Di instrucciones de reforzar con tropas en Ituango y sus veredas aledañas. Vamos a garantizar retorno de la población a sus lugares de origen. @FuerzaAereaCol continuará trasladando ayuda humanitaria a la zona y habrá Consejo de Seguridad en el lugar. Estamos con Ituango.
— Diego Molano Aponte (@Diego_Molano) July 27, 2021
Dei instruções para reforçar Ituango e aldeias vizinhas com tropas. Garantiremos o retorno da população aos seus locais de origem. As Forças Aéreas da Colômbia continuaram a mover ajuda humanitária para a área e haverá um Conselho de Segurança instalado. Estamos com Ituango.
O mau tempo impediu a chegada de ajuda humanitária, mas ontem (26), um "helicóptero da Força Aérea das Nações Unidas" conseguiu pousar com mantimentos e "oito abrigos estão prontos para os que fogem da violência", disse Suárez.
A Unidade Estadual de Vítimas, órgão responsável pelo atendimento aos atingidos pelo conflito armado, confirmou a entrega de 40 toneladas de ajuda humanitária na segunda-feira (26) e destacou que os deslocados, além de seguirem para Ituango, também chegam ao município de Peque, no mesmo departamento.