Os aliados dos EUA no Indo-Pacífico devem formar uma nova ordem regional, disse na terça-feira (27) Lloyd Austin, secretário de Defesa norte-americano.
Segundo o chefe do Pentágono, que falou na 40ª Palestra Fullerton em Cingapura, organizada pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, os EUA devem "deter a coerção e a agressão em todo o espectro do conflito, inclusive na chamada zona cinzenta que fica abaixo do limiar de uma guerra generalizada", resumiu o portal Defense News.
Austin afirmou que "a reivindicação de Pequim à grande maioria do mar do Sul da China não tem base no direito internacional", minando a soberania de outros Estados. Para contrariar isso, diz, Washington reafirma seu compromisso do lado do Japão, Filipinas e Taiwan em disputas territoriais com a República Popular. Ele também chamou de "agressão" suas ações perante a Índia e criticou supostos "crimes contra a humanidade" na província chinesa de Xinjiang.
Assim, o país norte-americano tem de ter "tudo ajustado ao cenário de segurança de uma região, e em crescente parceria com nossos amigos", em uma estratégia que apelidou de "dissuasão integrada".
Como exemplo desses esforços, Lloyd Austin referiu os recentes grandes exercícios americano-japoneses, que culminaram com o primeiro disparo no Japão de um Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, e os exercícios Pacific Vanguard e Talisman Sabre ao largo da Austrália, que envolveram os EUA, Japão, Austrália e Coreia do Sul realizando "operações marítimas integradas e de alto nível". O alto responsável mencionou na mesma linha a aquisição de caças F-35B por Cingapura.
Por fim, o secretário de Defesa dos EUA sublinhou a vontade do país norte-americano em continuar fornecendo vacinas aos países da região.