Segundo informa o The Wall Street Journal, citando altos funcionários do governo dos EUA, as novas sanções terão como alvo as capacidades de construção de drones e de mísseis do país persa.
"É parte de uma abordagem abrangente, por isso estamos lidando com todos os aspectos da ameaça iraniana", disse um alto funcionário dos EUA, cujo nome não foi revelado.
O WSJ afirma que a decisão é motivada por uma avaliação segundo a qual os mísseis e drones da República Islâmica representam atualmente uma ameaça maior para a estabilidade no Oriente Médio do que a perspectiva de produção de armas nucleares.
Teerã tem reiteradamente rejeitado as ideias de que pretende construir armas nucleares ou de ser responsável pela desestabilização da região. Segundo as autoridades iranianas, os EUA e Israel são as fontes mais significativas de instabilidade no Oriente Médio.
No passado, Washington impôs sanções contra o programa de mísseis balísticos do Irã, que nunca foi considerado ilegal pelo conselho de Segurança da ONU. Desta vez, os EUA terão como alvo o programa de mísseis e drones, buscando desorganizar e minar a cadeia de abastecimento de peças necessárias para a sua produção, relata o jornal.
Na semana passada, o WSJ afirmou que a Casa Branca também prevê introduzir sanções contra o comércio de petróleo entre Teerã e Pequim.
O Irã rejeitou fortemente as tentativas de limitar as capacidades de seu programa de mísseis balísticos, além dos limites impostos a seu programa nuclear, em 2015. Teerã observou que tem o direito soberano de desenvolver suas próprias armas, excluindo as armas nucleares.