O presidente filipino, Rodrigo Duterte, restaurou o pacto fundamental que regula a presença das tropas dos EUA no país, revertendo uma decisão anterior que causou preocupações crescentes em Washington e Manila, segundo informaram os responsáveis da Defesa dos dois países na sexta-feira (30).
O ministro da Defesa filipino, Delfin Lorenzana, disse que não sabia por que Duterte mudou sua decisão, após a reunião com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em Manila, nesta quinta-feira (29), segundo a Reuters.
O porta-voz de Duterte, Hatty Roque, informou que a decisão presidencial foi "baseada na defesa do principal interesse estratégico das Filipinas [...] e na clareza da posição dos EUA sobre suas obrigações e compromissos ao abrigo do Tratado de Defesa Mútua", assinado em 1951.
A restauração do pacto não mudará muito porque o acordo não tinha sido formalmente rompido, mas dará estabilidade para ambos os países.
"Isso proporciona certeza para avançarmos, podemos fazer o planejamento de longo prazo e realizar diferentes tipos de exercícios", disse Austin durante a coletiva com seu homólogo filipino.
O VFA estabelece regras de rotação das tropas norte-americanas dentro e fora das Filipinas para exercícios militares. As Filipinas são um país aliado dos Estados Unidos pelo pacto e vários acordos militares dependem do VFA.
Duterte tinha prometido acabar com o pacto após os Estados Unidos terem negado um visto a um senador filipino aliado do presidente. No entanto, os prazos de rescisão do acordo foram adiados várias vezes.