'Mais próximo já encontrado': astrônomos registram FOTO de exoplaneta gigante a 35 anos-luz da Terra

© Foto / B. Bays / SOEST / UHSRepresentação artística do exoplaneta COCONUTS-2b orbitando a estrela anã COCONUTS-2
Representação artística do exoplaneta COCONUTS-2b orbitando a estrela anã COCONUTS-2 - Sputnik Brasil, 1920, 31.07.2021
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Um estudante do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, nos EUA, junto com uma equipe internacional de astrônomos, descobriu um exoplaneta que, até agora, é o mais próximo da Terra já encontrado.

O corpo celeste recentemente encontrado está localizado a apenas 35 anos-luz e tem cerca de seis vezes a massa de Júpiter. Este exoplaneta tem 800 milhões de anos de idade, pelo que pode ser considerado relativamente jovem.

O exoplaneta se chama COCONUTS-2b e orbita em redor de uma estrela anã com baixa massa, que foi batizada de COCONUTS-2. O novo objeto descoberto tem uma natureza bastante particular, sendo um gigante gasoso, maciço e relativamente frio, com um período de órbita de cerca de 1,1 milhão de anos em volta de uma estrela que se encontra a uma grande distância dele.

© Foto / Zhang et al.\ The Astrophysical Journal Letters 2021Estrela anã COCONUTS-2 (representada a azul) e exoplaneta COCONUTS-2b (representado a vermelho)
'Mais próximo já encontrado': astrônomos registram FOTO de exoplaneta gigante a 35 anos-luz da Terra - Sputnik Brasil, 1920, 31.07.2021
Estrela anã COCONUTS-2 (representada a azul) e exoplaneta COCONUTS-2b (representado a vermelho)
"Com um planeta maciço em uma órbita muito ampla e com uma estrela central muito fria, a COCONUTS-2 representa um sistema planetário muito diferente de nosso Sistema Solar", disse Zhoujian Zhang, autor principal do novo estudo, publicado na revista The Astrophysical Journal Letters.

O exoplaneta COCONUTS-2b é bastante frio para um gigante gasoso, mas consegue também atingir temperaturas de aproximadamente 161 graus Celsius, apesar de sua grande distância da estrela. Na verdade, sua temperatura tem origem no calor residual proveniente da formação do planeta, o que permite que ele brilhe com pouca intensidade nas longitudes de ondas infravermelhas, o suficiente para fazer com que o corpo celeste em estudo seja perceptível em imagens diretas.

"Detectar e estudar diretamente a luz de planetas gigantes gasosos ao redor de outras estrelas é normalmente muito difícil, pois os planetas que encontramos tendem a ter órbitas pouco espaçadas e, portanto, estão escondidos entre o brilho da luz de sua estrela hospedeira", explicou o astrônomo Michael Liu, da Universidade do Havaí.
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