Agora, os cientistas conseguiram capturar a imagem de rádio mais detalhada dessa galáxia longínqua, esperando, a partir dela, conseguir identificar e estudar as regiões dentro de Andrômeda onde as novas estrelas nascem, informa o portal Tech Explorist.
A imagem foi capturada na frequência de micro-ondas de 6,6 GHz, tendo os cientistas recorrido ao Radiotelescópio da Sardenha para obter a imagem nessa frequência, um telescópio de 64 metros totalmente dirigível e capaz de operar em altas frequências de rádio.
A física Sofia Fatigoni, da Universidade da Colúmbia Britânica, explicou que "esta imagem nos permitirá estudar a estrutura da Andrômeda e seu conteúdo com mais detalhes do que alguma vez foi possível. Compreender a natureza dos processos físicos que ocorrem dentro da Andrômeda nos permitirá entender o que acontece em nossa galáxia mais claramente, como se estivéssemos olhando para nós mesmos a partir de fora", disse ela citada pela mídia.
Com base nas observações telescópicas e análise de dados consistente, os cientistas estimaram a taxa de formação de estrelas dentro da galáxia em estudo. Adicionalmente, ainda criaram um mapa detalhado que destacou o disco da galáxia como a região onde nascem novas estrelas.
Andromeda in microwaves!
— Rami Mandow 🏳️🌈 (@CosmicRami) July 29, 2021
Using the Sardinia radio telescope (66 hours observing), astronomers have mapped our neighbouring spiral galaxy in 6.6 GHz - showcasing a lovely star forming ring.
Nice work here!
Paper: https://t.co/NqOBVf72Dq
📸 S. Fatigoni et al (2021) pic.twitter.com/7ddrhzGrL2
Andrômeda em micro-ondas!
Usando o radiotelescópio da Sardenha (66 horas de observação), os astrônomos mapearam nossa galáxia espiral vizinha em 6,6 GHz, apresentando um adorável anel com estrelas em formação.
Belo trabalho!
"Em particular, fomos capazes de determinar a fração das emissões devidas aos processos térmicos relacionados com as primeiras estações de formação de novas estrelas e a fração dos sinais de rádio atribuíveis a mecanismos não térmicos devido aos raios cósmicos que espiralam no campo magnético presente no meio interestelar", informou o dr. Elia Battistelli, professor no Departamento de Física na Universidade de Roma "La Sapienza" e coordenador do estudo.
A partir do mapa, os cientistas foram capazes de identificar cerca de 100 diferentes fontes pontuais, incluindo estrelas, galáxias e outros objetos no fundo da galáxia Andrômeda.