Um par de orcas com falta de pigmentação foi avistado nadando com sua família por um grupo a bordo do barco do Observatório de Baleias Gojiraiwa Kanko, perto da costa marítima de Rausu, situada a norte das ilhas japonesas de Hokkaido, informa o portal Live Science.
A rara coloração destas orcas, também conhecidas como baleias assassinas, pode ser resultado de albinismo ou de leucismo.
"O albinismo é causado por defeitos na produção de melanina, afetando igualmente toda a pele, pêlo e olhos", disse Erich Hoyt, pesquisador da Conservação de Baleias e Golfinhos (WDC, na sigla em inglês) no Reino Unido. "O leucismo resulta de defeitos nas células de pigmento e pode ser irregular", citado pela mídia.
O albinismo é o resultado da endogamia, isto é, reprodução entre indivíduos que apresentam consanguinidade, mas não existe evidência clara sobre se tal condição afeta negativamente as orcas de outro jeito qualquer, explicou o pesquisador. Já o leucismo é o resultado de uma mutação genética aleatória, e também parece não ter qualquer impacto na saúde destes cetáceos.
Por serem brancas, ambas as orcas observadas têm marcas semelhantes a arranhões muito visíveis em seus corpos. Essas marcas são causadas pelos dentes de outras orcas, provavelmente mais como uma forma de brincadeira do que resultado de uma luta a sério. "As orcas pretas também têm marcas, mas você não as consegue enxergar", disse Hoyt, citado pelo Live Science.
Não se sabe exatamente quantas orcas brancas existem em todo o mundo, mas certas populações são conhecidas por terem mais indivíduos brancos do que outras.
"Aproximadamente, uma em mil orcas no Pacífico Norte [é branca] [...] É provavelmente a proporção mais alta em qualquer parte do mundo", informou o pesquisador, citado na matéria.
A população do Pacífico Norte é encontrada, principalmente, em águas russas, mas algumas também são transitórias, o que significa que poderiam ter migrado até ao norte do Japão.