Raisi, de 60 anos, terá também de decidir como agir quanto às conversações sobre o acordo nuclear abandonado unilateralmente pelos EUA em 2018. Porém, os desafios econômicos colocados pelas sanções norte-americanas à nação persa vão ser o principal desafio para o novo presidente, de acordo com Clement Therme, pesquisador do Instituto da Universidade Europeia, na Itália.
"Seu principal objetivo será melhorar a situação econômica [nacional], reforçando as relações econômicas da República Islâmica com os países vizinhos [...] O objetivo seria a construção de um modelo de negócios que protegesse o crescimento econômico do Irã das políticas e decisões norte-americanas", explicou Therme, citado pelo The Times of Israel.
Therme também acredita que a prioridade de Raisi será "remover as sanções dos EUA", de modo a que Teerã possa investir no comércio com seus vizinhos e outros Estados não-ocidentais, tais como a China e a Rússia.
Já na questão do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), o novo presidente iraniano teria declarado que não negociará com os restantes membros do acordo e indiretamente com os EUA, informa a mídia israelense.
Seu governo está comprometido em apoiar conversações que "garantam os interesses nacionais", declarou Ebrahim Raisi.
Sabendo disso, segundo o economista reformista Saeed Laylaz, o futuro do acordo nuclear sob presidência de Raisi será um dos principais fatores que vai ditar o destino da economia iraniana.