Em meados de julho, a Polícia Federal formalizou a abertura do inquérito que vai investigar indícios de atuação de uma milícia digital com o objetivo de atentar contra a democracia e o Estado de Direito, conforme noticiado.
No âmbito dessa investigação, hoje (3), a PF pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicite o compartilhamento de dados à CPI da Covid e à CPMI da Fake News, ambas em andamento no Congresso Nacional, segundo o G1.
Os policiais querem obter, da CPI da Covid, os dados de quebra de sigilo telemático e telefônico de assessores e ex-assessores do governo Bolsonaro, além de um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.
À CPMI das Fake News, são solicitados dados sigilosos, laudos técnicos e informações telefônicas. Os pedidos são assinados pela delegada Denisse Ribeiro. Caberá ao ministro Alexandre de Moraes analisar o pedido. O inquérito que investiga a milícia também foi aberto por Moraes.
A PF solicitou a quebra de sigilo e os dados das seguintes pessoas: Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes, Mateus Matos Diniz, Ligia Nara Arnaud Tomaz, Allan Lopes dos Santos e Carlos Eduardo Guimarães, segundo a mídia.
Na investigação sobre a milícia digital, a PF apura indícios não só sobre o suposto atentado contra o Estado de Direito, mas também o fato de o grupo ter sido abastecido com verba pública.
Entre os nomes que entraram na mira da PF no pedido de acesso à quebra de sigilo, estão assessores da presidência da República acusados de integrar o chamado "gabinete do ódio", que seria encarregado de promover ataques virtuais nas redes sociais contra desafetos da família Bolsonaro e adversários do governo.