Descobrem cestas de frutas de 2.300 anos em ruínas de cidade submersa na costa do Egito (FOTO)

© REUTERS / Ministério das Antiguidades do EgitoUm mergulhador examina os restos de um antigo navio militar descoberto na cidade submersa do Mediterrâneo, na costa de Alexandria, Egito
Um mergulhador examina os restos de um antigo navio militar descoberto na cidade submersa do Mediterrâneo, na costa de Alexandria, Egito - Sputnik Brasil, 1920, 04.08.2021
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Especialistas do Instituto Europeu de Arqueologia Subaquática descobriram cestas de frutas que datam do século IV a.C. em um local de ruínas submersas ao largo da costa do Egito.

A descoberta foi feita por arqueólogos europeus em colaboração com seus colegas egípcios na cidade de Thonis-Heracleion – uma antiga e movimentada metrópole que se situava perto da foz do Nilo na costa do mar Mediterrâneo.

Ao longo de séculos a urbe foi considerada o maior porto do Egito na região, até que Alexandre, o Grande, fundou a cidade de Alexandria em 331 a.C.

Durante as mais recentes escavações, além de vários objetos arqueológicos tais como joias, estatuetas de argila e bronze, objetos de cerâmica e até mesmo fragmentos de móveis antigos, os pesquisadores descobriram cestas que guardavam frutas de 2.300 anos que incluíam frutos de palmeira africana e uvas, das quais apenas sobraram sementes.

​Cestas de vime cheias de frutas do século IV a.C. encontradas em ruínas de Thonis-Heracleion, a antiga cidade submersa ao largo da costa do Egito.

Franck Goddio, arqueólogo marinho francês, disse ao The Guardian que as cestas de frutas eram "incríveis", uma vez que ficaram intactas durante mais de 2.000 anos e ainda continham restos de fruta.

"Nada foi perturbado", disse ele. "Foi muito impressionante ver cestas de frutas."

O pesquisador referiu que uma provável explicação para as cestas e seu conteúdo terem ficado preservadas durante tanto tempo é por terem sido colocadas em uma sala subterrânea, notando uma possível conotação funerária.

No século VIII d.C., Thonis-Heracleion foi destruída por um terremoto e arrasada por um tsunami. A cidade submersa foi achada há 20 anos pelo arqueólogo marinho francês Goddio e é considerada uma das maiores descobertas arqueológicas dos últimos tempos.

Durante vários anos cientistas têm vindo a realizar trabalhos no local. No entanto, os especialistas afirmam que até agora só exploraram cerca de 3% de todo o território.

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