O ministro afirmou aos embaixadores dos países do Conselho de Segurança nas Nações Unidas que havia chegado o momento de empreender ações concretas, incluindo militares, contra Teerã, tendo em conta a tomada de posse do novo presidente de "linha dura" da República Islâmica Ebrahim Raisi, escreve Times of Israel.
"O Irã violou todas as diretrizes estabelecidas no JCPOA [Plano de Ação Conjunto Global] e está apenas a cerca de 10 semanas de adquirir materiais necessários para criar uma arma nuclear", disse Gantz aos embaixadores dos países do Conselho de Segurança da ONU durante uma reunião no Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém.
"Agora chegou a hora de agir – as palavras não são suficientes. É tempo de ações diplomáticas, econômicas e até militares, caso contrário, os ataques continuarão", acrescentou.
As observações de Gantz surgem em meio a crescentes tensões em torno do golfo de Omã, onde na terça-feira (3) um navio foi invadido por atacantes e, na semana passada, o petroleiro Mercer Street, associado a Israel, foi atingido por um ataque de drone. Teerã foi responsabilizado por ambos os ataques.
Enfatizando que Israel não considera o povo iraniano inimigo, o ministro da Defesa disse que "o regime iraniano está nos ameaçando e provocando uma corrida armamentista regional".
Ontem, as autoridades de Tel Aviv incriminaram Saeed Ara Jani, comandante da unidade de drones da Força Aérea do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) pelo ataque ao petroleiro Mercer Street no mar Arábico.