Cientistas dos EUA descobrem enorme zona morta no golfo do México (FOTO)

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Zona morta (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 07.08.2021
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Cientistas descobriram uma vasta zona morta no oceano perto dos EUA, informa em comunicado a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).

Segundo a agência norte-americana, uma zona morta abrange em média cerca de 8.690 quilômetros quadrados mas a que foi encontrada no fundo do golfo do México "é de aproximadamente 10.193 quilômetros quadrados, ou equivalente a mais de quatro milhões de acres de habitat".

De acordo com NOAA, as zonas mortas são áreas subaquáticas onde os níveis de oxigênio são tão baixos que nenhuma espécie de vida marinha é capaz de sobreviver lá. Elas surgem naturalmente, mas os pesquisadores estão preocupados por cada vez mais "desertos" marinhos estarem se desenvolvendo devido à atividade humana.

"A distribuição de baixas concentrações de oxigênio dissolvido foi incomum neste verão. As condições de baixos níveis de oxigênio estavam muito perto da costa, com muitas observações mostrando uma quase completa ausência de oxigênio", disse Nancy Rabalais, professora da Universidade Estadual de Louisiana, que liderou o estudo.

​Cientistas apoiados pela NOAA revelam que este ano a zona morta do golfo do México é cerca de 10.193 quilômetros quadrados, ou equivalente a mais de 4 milhões de acres de habitat potencialmente inabitável para peixes e espécies que habitam no fundo.

As zonas mortas surgem naturalmente mas os cientistas dizem que a atividade humana levou à sua expansão. Resíduos provenientes de fazendas agrícolas e de criação animal entram nos mares e oceanos, onde estimulam o crescimento de algas, que, por sua vez, morrem e se decompõem. Durante este processo, bactérias consumidoras de oxigênio decompõem as algas e assim levam à criação de zonas mortas.

Segundo explica a NOAA, a maioria da vida marinha morre ou abandona estas áreas inabitáveis.

Os pesquisadores estão planejando analisar a zona a fim de encontrar maneira de "reduzir seu tamanho e minimizar os impactos para os recursos costeiros e a economia".

"Este ano, temos constatado repetidamente o profundo efeito que as alterações climáticas têm nas nossas comunidades – desde a seca histórica no Ocidente até às inundações. O clima está diretamente associado à água, incluindo o fluxo de poluição nutriente para o golfo do México", disse em comunicado Radhika Fox, administradora assistente para recursos hídricos da Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

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