O artefato, feito de ouro e granada é conhecido como "pirâmide de espada" ou "arreio de espada" e foi datado entre os anos 560 d.C e 630 d.C, tendo sido encontrado em abril deste ano em Breckland, em Norfolk, que fazia parte do reino anglo-saxão de Anglia do Leste, informa o Daily Mail.
Objetos semelhantes ao encontrado costumam ser ricamente decorados, e seriam presos ao final de faixas enroladas em torno de uma espada.
Segundo Helen Geake, agente de ligação para os achados, os pedaços de talha embutidos na pirâmide da espada de Norfolk são originários da Índia ou do Sri Lanka, destacando o nível do comércio global que ocorria na época.
Embora minúsculo - com uma área de pouco mais de um centímetro e pesando apenas três gramas - o artefato parece ter mantido sua excelente qualidade, com um revestimento incrivelmente fino na parte traseira. Provavelmente, teria pertencido a alguém de estatuto social alto, de acordo com a mídia.
De modo a explicar como a pirâmide de espada foi encontrada pelo detector de metais, em vez do resultado de um cenário envolvendo o enterro ou morte no campo de batalha, Geake imagina que o pequeno tesouro tenha sido antes perdido pelo seu dono.
"Os lordes andariam a cavalo pelo campo e os perderiam", explicou Geake, citada pelo tabloide britânico.
Um par destes ricos objetos ainda mais ornamentado, atualmente exposto no Museu Britânico, foi descoberto na década de 1930 em Sutton Hoo, um cemitério anglo-saxão popularizado pelo recente filme disponível na Netflix, "The Dig".
Ainda não é exatamente certo qual o papel deste enfeites, mas os arqueólogos acreditam que eles poderiam ter ajudado a manter as armas seguras nas bainhas da indumentárias de seus donos, "possivelmente atuando como um controle sobre uma reação de raiva", disse Helen Geake, citada pelo Daily Mail.