O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou, em conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na quinta-feira (5) que levava uma mensagem do presidente norte-americano Joe Biden: não interfira nas eleições.
E para iniciar sua visita ao Brasil, o conselheiro de segurança nacional @JakeSullivan46 se encontrou hoje com o presidente @jairbolsonaro. Eles reafirmaram a importância da parceria estratégica entre 🇧🇷 e 🇺🇸. pic.twitter.com/LaLmqQVmwD
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) August 5, 2021
A agência Reuters afirma que uma fonte familiarizada com o assunto confirmou que o governo Biden levantou preocupações sobre as alegações infundadas de Bolsonaro sobre fraude no sistema de votação eletrônico brasileiro e sua ameaça de não aceitar os resultados das eleições presidenciais do próximo ano se o mecanismo não for alterado.
A delegação norte-americana teria enfatizado a importância de não minar a confiança no processo eleitoral brasileiro, especialmente considerando que nenhuma evidência de fraude foi apresentada nas eleições anteriores.
Além da reunião com Bolsonaro, Sullivan também se encontrou com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, ambos generais do Exército aposentados e próximos de Bolsonaro.
Hoje o @WHNSC @JakeSullivan46 foi recebido pelo ministro do @DefesaGovBr, Walter Souza Braga Netto, como parte da visita estratégica da delegação americana ao Brasil. pic.twitter.com/6g74n7SpDH
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) August 5, 2021
Defesa do voto impresso
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem atacado as urnas eletrônicas usadas no Brasil e faz pressão pela adoção de cédulas impressas que podem ser contadas se algum resultado eleitoral for contestado. O presidente não forneceu nenhuma evidência de fraude no passado ou de vulnerabilidades atuais.
Bolsonaro atacou veementemente o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso por este duvidar publicamente de suas alegações infundadas e por dizer que o sistema atual poderia ser auditado.
Na quinta-feira (5), o presidente do STF, Luiz Fux, cancelou reunião que haveria entre os chefes dos Poderes pelas ofensas proferidas pelo presidente, e disse que o chefe do Executivo não cumpre a própria palavra.