Durante o estudo, os cientistas analisaram os dados epidemiológicos recolhidos em Nova York de novembro de 2020 a abril de 2021, realizando um modelo matemático para determinar a velocidade de transmissão, capacidade de superar a resposta imune e mortalidade da variante Iota (B. 1.526), de acordo com a pré-publicação no medrxiv.org.
Os pesquisadores descobriram que, comparando com as outras cepas, a variante Iota aumentou a taxa de mortalidade em caso da infecção em 46% entre as pessoas de 45 a 64 anos, em 82% entre os infectados de 65 a 74 anos e em 62% entre os idosos de mais de 75 anos.
Além disso, a cepa B. 1.526 tem uma velocidade de transmissão 15%-25% maior do que as variantes anteriores. Ao mesmo tempo, ela pode superar a imunidade em 10% das pessoas que são infectadas.
A variante Iota foi registrada pela primeira vez em Nova York em novembro de 2020 e depois se espalhou por todos os Estados Unidos, com seus traços encontrados em mais de 27 países. A Iota foi a cepa dominante em Nova York de novembro de 2020 a março de 2021, mas com surgimento da variante Alfa (B. 1.1.7) a propagação da B. 1.526 diminuiu gradualmente.
Em março, a Organização Mundial de Saúde incluiu a Iota na lista de variantes "de interesse". Na lista de cepas "preocupantes" estão a Alfa (Reino Unido), a Beta (África do Sul), a Gama (Brasil) e a Delta (Índia).