Arqueólogos italianos encontraram restos de um navio romano dos séculos IV ou V, carregado de ânforas, no fundo do mar próximo ao arquipélago Egadiano, a oeste da Sicília, informou o BlogSicilia.
A embarcação está situada a 98 metros de profundidade com um carregamento de ânforas intactas. Os restos do navio foram detectados durante duas operações de estudo do fundo do mar com sonar de varredura lateral, realizadas em novembro de 2020 e em julho deste ano pela ONG Fundação RPM Nautical e a Universidade de Malta.
"A descoberta é excepcional. É uma confirmação do que já foi afirmado desde a época [do arqueólogo] Sebastiano Tusa, que havia indicado no mar do Egadi uma fonte inesgotável de micro-histórias que nos conduzem ao conhecimento da história, não só da Sicília, mas também do Mediterrâneo", observou a pesquisadora Valeria Li Vigni citada pela mídia.
Segundo os arqueólogos, as ânforas intactas, pertencentes ao tipo Almagro 51c, são originárias da península ibérica.
"A utilização cada vez mais frequente de novas tecnologias no domínio da investigação subaquática está produzindo resultados satisfatórios ao abrir o Mediterrâneo a uma leitura mais ampla e detalhada. A descoberta de um novo naufrágio a grande profundidade, após o do navio romano identificado há poucos dias na Isola delle Femmine, confirma a importância de intensificar as colaborações internacionais", disse o conselheiro regional para o Património Cultural e Identidade Siciliana, Alberto Samonà.
O conselheiro também destaca que toda essa riqueza histórica é possível de ser encontrada porque a Sicília "estava estrategicamente no centro das relações internacionais, do comércio e das trocas do Mediterrâneo".
Em 27 de julho, foi anunciada a descoberta de outra embarcação romana do século II a.C, que fica a cerca de 92 metros de profundidade perto da cidade siciliana de Isola delle Femmine, e também contém uma carga de ânforas, provavelmente de vinho.