Na sexta-feira (13), o juiz distrital dos Estados Unidos Matthew Kacsmaryk acusou o secretário do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), Alejandro Mayorkas, de não considerar "vários dos principais benefícios" do programa "Permanecer no México" e de agir "arbitrariamente e caprichosamente" encerrando-o formalmente em junho.
A política teve como objetivo bloquear dezenas de milhares de requerentes de asilo da América Central, fazendo-os esperar no México os resultados de suas audiências de imigração nos Estados Unidos.
Kacsmaryk escreveu que Mayorkas falhou "em mostrar uma decisão fundamentada" para encerrar o programa e acrescentou que o chefe do DHS não abordou "os problemas criados por falsos pedidos de asilo", violando a Lei de Procedimento Administrativo.
O juiz também destacou o aumento de confrontos com policias na fronteira sudoeste desde o encerramento do programa. Ele atrasou a entrada em vigor da decisão em sete dias para dar à administração Biden tempo para apresentar recurso.
A decisão do juiz é divulgada após Mayorkas dizer na quinta-feira (12) que as autoridades da Proteção de Alfândega e Fronteiras dos EUA registraram um "número sem precedentes de migrantes" ao longo da fronteira do sul do país. 212.672 migrantes foram detidos em julho, um aumento de 13% quando comparado com 188.000 migrantes encontrados em junho, segundo os dados.
A administração Biden cancelou formalmente o programa em 1º de junho, após uma revisão do DHS. A Casa Branca suspendeu novas inscrições no programa.