Sua declaração chega após o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) ter estabelecido o controle em Cabul.
"A derrota militar e a retirada dos EUA do Afeganistão deveria oferecer uma oportunidade para restaurar a vida, segurança e uma paz duradoura no país", disse Raisi, citado pelo Times of Israel.
O presidente da nação persa declarou, entretanto, que a República Islâmica quer ter boas relações com o Afeganistão.
Raisi encarregou Mohammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores, e o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã a lhe fornecerem relatórios atualizados sobre a situação no Afeganistão, informa a mídia israelense.
O Irã compartilha uma fronteira de 900 quilômetros com o Afeganistão, e abriga atualmente quase 3,5 milhões de refugiados afegãos.
Contudo, até agora Teerã parece ter estado assumindo uma postura pragmática ante o ressurgimento do Talibã no país vizinho.
No domingo (15), o Ministério das Relações Exteriores iraniano informou que havia reduzido sua presença diplomática no Afeganistão, um anúncio que chegou logo após o grupo insurgente ter chegado à periferia de Cabul.
O porta-voz da chancelaria do Irã, Saeed Khatibzadeh, disse que uma equipe-base permaneceu na embaixada persa na capital afegã e que os funcionários de três das cinco missões diplomáticas em outras cidades no país também haviam sido evacuados.
Zarif disse no domingo (15) que "o Irã está pronto para continuar seus esforços de pacificação" no Afeganistão, segundo foi citado na matéria.
Hoje (16), o ministro se reuniu em Teerã com o enviado especial da China para o Afeganistão, Yue Xiaoyong. O gigante asiático também diz estar pronto para aprofundar os laços "de amizade e cooperação" com o Afeganistão.