Anteriormente, foi revelado que o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) propôs à Pfizer realizar testes conjuntos com a vacina Sputnik Light como terceiro componente para aumentar o efeito.
"A decisão do RFPI de propor impulsionar a vacina da Pfizer com a Sputnik Light é bem lógica, para que os vacinados com a Pfizer, em resultado do impulso, fiquem eficazmente protegidos por uma variedade mais ampla de anticorpos que neles se formarão", disse Gintsburg.
O diretor do Centro Gamaleya revelou que ainda não se sabe qual é a eficácia da vacina da Pfizer/BioNTech contra a variante Delta. É possível que forneça uma proteção de apenas 40%.
"Devem impulsionar [a vacina]. E é melhor impulsionar com uma vacina de vetor", destacou Gintsburg.
O RFPI informou, citando o Ministério da Saúde da Rússia, que a eficácia da Sputnik V contra a cepa Delta é de 83,1%. Ao mesmo tempo, segundo um estudo recente de cientistas norte-americanos, devido à propagação da nova variante do vírus a eficácia dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna diminuiu.
Durante julho, a eficácia da mRNA-1273 (Moderna) contra a infecção foi menor do que nos meses anteriores (76%), enquanto a BNT162b2 (Pfizer) teve uma redução ainda maior (42%), de acordo com os especialistas.
A vacina Sputnik Light de um componente mostrou eficácia de 79,4% contra o vírus original, mais alta do que em alguns imunizantes de duas doses. A Sputnik Light é o primeiro componente da Sputnik V. A vacinação com apenas uma injeção pode facilitar a imunização de grupos maiores em um curto prazo, ampliando as possibilidades de combate a picos epidemiológicos.