Em uma publicação, o jornal Global Times instou os membros do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês) de Taiwan e seus seguidores a manterem a "cabeça no lugar" para preservar a paz por meios políticos, ao invés de atuar como "peões estratégicos" dos EUA.
"Pelo que aconteceu no Afeganistão, deveriam entender que uma vez que se inicie uma guerra no estreito, a defesa da ilha sofreria um colapso em horas e o Exército norte-americano não os ajudaria. Como resultado, as autoridades do DPP teriam que se render rapidamente, enquanto que alguns funcionários de alto nível fugiriam de avião", referiu o jornal.
Além disso, o Global Times explicou que uma guerra como esta implicaria "custos inimagináveis" para Washington, enquanto que a suposta importância estratégica de Taiwan para os EUA demonstraria não ser mais que uma "ilusão das autoridades do DPP e das forças separatistas na ilha".
"Os EUA teriam que ter uma determinação muito maior que a que mostraram no Afeganistão, na Síria e no Vietnã, se quiserem interferir [na China]", ressaltou.
Pequim adverte Washington contra realização de cúpula "de democracias do mundo" com Taipéhttps://t.co/uBfJ28xcAy
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) August 13, 2021
Em um tom similar, a agência de notícias Xinhua classificou os EUA como o "maior exportador de distúrbios do mundo" e acusou "sua política hegemônica" de "provocar demasiadas tragédias humanas".
As mídias chinesas não foram os únicos a abordarem as eventuais consequências da abrupta retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão em meio à rápida ocupação de Cabul pelos talibãs (organização proibida na Rússia e em outros países).
Por exemplo, o New York Times se referiu ao precedente que isto marca para os compromissos militares no longo prazo dos EUA perante seus aliados e assegurou que os efeitos econômicos e políticos da tomada do poder pelos talibãs serão sentidas no mundo todo.