'Assustar a China': oficial dos EUA pretende combater rápida modernização militar de Pequim

© AFP 2023 / Noel CelisChinese People's Liberation Army (PLA) soldiers stand guard at the entrance of the Forbidden City in Beijing on June 12, 2021.
Chinese People's Liberation Army (PLA) soldiers stand guard at the entrance of the Forbidden City in Beijing on June 12, 2021. - Sputnik Brasil, 1920, 18.08.2021
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Frank Kendall, secretário da Força Aérea norte-americana, refere que a China está "avançando mais rápido do que eu poderia prever" com sua modernização militar, e que está preparando maneiras de os EUA enfrentarem isso.

O objetivo de Washington deve ser demonstrar tecnologias de ponta para "assustar a China", afirmou na sexta-feira (13) Frank Kendall, secretário da Força Aérea dos EUA.

Em entrevista ao portal Defense News publicada na terça-feira (17), o alto funcionário, que tem uma longa carreira no Pentágono, disse que já está preparando o orçamento de 2023 para a Força Aérea.

"Tenho estado obcecado, se você quiser, com a China há bastante tempo, e sua modernização militar, com o que isso implica para os EUA e para a segurança", disse Kendall.

"Uma das coisas em que me atualizei desde que voltei foi nossa inteligência sobre o que os chineses estão fazendo com seus programas de modernização. Eles estão avançando mais rápido do que eu poderia prever. Portanto, temos muito trabalho a fazer".

Para combater isso, indica, a Força Aérea norte-americana está desenvolvendo uma atualização do caça de quinta geração F-35, o Block 4, que deverá aumentar seu poder computacional e acrescentará novas armas e sensores.

Apesar disso, os avanços em sistemas autônomos em rede e inteligência não foram efetivamente implementados em todo o Exército dos EUA, adverte.

"Temos algumas coisas que estão em preparação e que ainda não foram reveladas ao público, das quais não posso falar. Uma que foi revelada em parte é o bombardeiro B-21. Acho que isso será algo que será intimidante, será muito capaz. E há alguns outros como esse que na forja. [...] Mas acho que temos que estar continuamente pensando em outras coisas que serão intimidantes para nossos futuros inimigos", segundo Frank Kendall.

O chefe da Força Aérea crê que os objetivos do órgão militar, mas também da Força Espacial, podem ser atingidos mesmo com os orçamentos de defesa norte-americanos crescendo apenas ao nível da inflação, mas reconhece que isso impede uma maior retirada de material antigo para libertar espaço à modernização, como foi feito nas administrações de Barack Obama (2009-2017) e Donald Trump (2017-2021).

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