Há tempos, casos de diplomatas vítimas da "síndrome de Havana" têm sido relatados na mídia. Diplomatas da embaixada dos EUA em Berlim, na Alemanha, agora denunciam casos semelhantes aos sintomas da síndrome, que consiste em uma espécie de "ataque acústico" que pode causar consequências diversas.
Os funcionários começaram a apresentar sintomas como tonturas, dores de cabeça, zumbidos nos ouvidos, cansaço ou insônia nos últimos meses. "Alguns afetados são agentes de inteligência ou diplomatas que trabalharam em questões relacionadas à Rússia, como exportação de gás, cibersegurança e intromissão política", escreveu o Wall Street Journal.
De acordo com o jornal, há relatos dos sintomas em diplomatas dos Estados Unidos em vários países europeus, embora não tenham mencionado quais embaixadas especificamente.
Casos anteriores
Em agosto de 2017, o Departamento de Estado alegou que quase duas dúzias de diplomatas norte-americanos em Cuba foram afetados em um incidente envolvendo um misterioso dispositivo de áudio e que vários desses diplomatas teriam sofrido de perda auditiva a danos cerebrais. Washington batizou o caso de "síndrome de Havana".
Em julho de 2018, alguns meios de comunicação afirmaram que um diplomata americano na China se queixou de sentir sons e pressões anormais.
Tudo isso fez com que surgissem várias teorias sobre a origem das supostas fontes dos sons, mas a verdade é que até agora nada de concreto foi estabelecido.
Especialistas das universidades de Lincoln, no Reino Unido e Berkeley, na Califórnia, chamaram a atenção para incidentes potencialmente semelhantes "na história dos EUA" que resultaram em alarmes falsos.