A Rússia está mais preparada para defesa química, biológica, radiológica e nuclear (defesa CBRN, na sigla em inglês) que os países do Ocidente, advertiu na terça-feira (17) a revista The National Interest (NI, na sigla em inglês).
A mídia nota que durante a Guerra Fria tanto o bloco da OTAN como o do Pacto de Varsóvia enfrentavam uma ameaça de guerra química e nuclear, mas que o último se envolveu em preparações particularmente minuciosas.
Como resultado, a Rússia, que herdou o arsenal soviético, tem um grande "estoque de máscaras de gás, conjuntos de descontaminação e outros equipamentos de defesa química e biológica", que "são colocados estrategicamente em torno da Rússia". De acordo com um documento federal citado, o mandato de defesa civil inclui a defesa contra ameaças CBRN.
Como exemplo, especialistas em defesa civil determinaram a disponibilidade em kits de primeiros socorros AI-4 vários agentes antibacterianos e radioprotetores, bem como antídotos para envenenamento químico, que "oferece muito melhor capacidade para tratar as vítimas de uma ameaça CBRN".
Além disso, as forças de defesa CBRN russas realizam exercícios em larga escala, nos quais a maior parte das unidades de combate faz exercícios de treinamento semanais dispondo de equipamento de proteção pessoal, incluindo máscaras de gás. "Também são comuns exercícios CBRN de maior escala, com um ocorrendo em agosto de 2019", indica Charlie Gao, o autor do artigo.
O Exército da Rússia continua comprando ativamente armamentos nesta área, por exemplo, os sistemas de lança-chamas pesados Buratino e Solntsepek, bem como lança-chamas reativos de infantaria Shmel, escreve o especialista.
Os militares da OTAN, por sua vez, realizam exercícios semelhantes com menos frequência, na melhor das hipóteses, uma vez por mês, tendo muito poucos centros de treinamento de armas químicas. Os EUA, em particular, modernizaram seus veículos de reconhecimento aéreo alemães M93 Fox pela última vez em 2007. A Rússia, por outro lado, atualizou este tipo de arma duas vezes desde os anos 2000, refere o artigo.