Ashram Ghani, ex-presidente do Afeganistão, fez nesta quarta-feira (18) um discurso ao público, durante o qual rejeitou veementemente que saiu com US$ 169 milhões (aproximadamente R$ 892 milhões).
"São mentiras", disse.
Além disso, ele declarou que pretende retornar ao Afeganistão em um futuro próximo, a fim de oferecer "justiça" a todos os cidadãos afegãos.
"Estou em consulta com outros até que eu volte para que possa continuar meus esforços por justiça para os afegãos", referiu o ex-presidente, reiterando que ele escolheu deixar seus compatriotas a fim de evitar mais derramamento de sangue e evitar um "enorme desastre", depois que o Talibã (organização terrorista, proibida na Rússia e em vários outros países), durante o fim de semana, quebrou a promessa de não entrar em Cabul.
"Espero que nos próximos dias consigamos superar isto, e que o Afeganistão experimente paz e estabilidade."
Na quarta-feira (18) Muhammad Zahir Agbar, embaixador do Afeganistão no Tajiquistão, afirmou que Ashram Ghani deixou seu país com US$ 169 milhões (R$ 892 milhões) do tesouro nacional, e que se dirigiu à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol, na sigla em inglês) para solicitar a detenção do ex-presidente.
Também nesta quarta-feira (18) foi relatado que Ghani se refugiou nos Emirados Árabes Unidos, onde, segundo a agência iraniana YJC, esteve em hospital, em condições deteriorantes.