Quando perguntado se Washington teme que os cidadãos americanos retidos no Afeganistão possam se tornar "reféns", o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, respondeu que o processo de evacuação é "uma operação arriscada", mas está "funcionando" no momento.
"Devemos preocupar-nos com todo o tipo de contingências. Uma das contingências em que estamos muito focados é a possibilidade de um ataque terrorista por um grupo como o EI–K, que é obviamente um inimigo jurado dos talibãs", indicou o alto funcionário, citado pelo NBC News.
Sullivan destacou que os EUA continuaram trabalhando para minimizar os riscos e maximizar o número de pessoas evacuadas em aviões, embora não esteja claro quantos norte-americanos ainda permanecem no país.
"Estabelecemos contatos com os talibãs para permitir a passagem segura de pessoas para o aeroporto e isso está funcionando neste momento para transportar os norte-americanos e afegãos em risco", disse.
"Dito isto, não podemos contar com nada", adicionou o conselheiro.
O Estado Islâmico na Província de Khorasan surgiu em 2015, formado em grande parte pelos combatentes de Tehrik-i-Taliban, com base no Paquistão. O grupo teve repetidamente confrontos com os talibãs afegãos e, ao contrário de outras células do Daesh que tentam lançar ataques no exterior, o EI–K tem atuado em grande parte no Afeganistão e Paquistão.