A equipe de Biden teve 90 dias para revisar as origens do vírus após diversos cientistas norte-americanos indicarem que já não tinham certeza sobre a origem do SARS-CoV-2.
O jornal enfatiza que descobrir a origem do vírus que causa a COVID-19 é algo muito importante para a prevenção de novas pandemias, e acredita que um novo relatório seja essencial para isso, questionando se ele surgiu por transmissões virais naturais de morcegos ou por vazamento do laboratório do Instituto de Virologia de Wuhan, na China.
Contudo, The Guardian ressalta que, devido à falta de novas informações obtidas pela equipe de Biden, provavelmente nenhuma resposta será recebida nesta semana.
Em maio, 18 importantes cientistas enviaram uma carta à revista Science alegando que as teorias de vazamento também eram plausíveis, e acusando a Organização Mundial da Saúde (OMS) de não considerar de maneira equilibrada ambos os cenários.
A principal evidência abordada para apoiar a teoria do vazamento é que os cientistas chineses falharam em encontrar o animal contaminado pelos morcegos e que teria sido responsável pela transmissão a humanos.
A China é acusada de ter aprimorado um novo vírus para torná-lo mais transmissível e que havia contaminado os funcionários do local com o novo vírus. A suspeita teria sido baseada no fato de o SARS-CoV-2 ser altamente transmissível entre humanos. Contudo, David Robertson, do centro de pesquisa de vírus da Universidade de Glasgow, rejeitou esta hipótese, alegando que este "não é apenas um vírus humano. Nós o encontramos em pangolins. Ele passa de humanos para visons muito facilmente e infectou veados nos EUA. Não é um vírus adaptado para os humanos".
O professor James Wood, da Universidade de Cambridge, citado pelo The Guardian, acredita que haja fortes evidências apontando para uma transmissão natural do vírus, contudo os grupos políticos não estão satisfeitos com a resposta e promovem a ideia de que a COVID-19 tenha sido causada pelo laboratório chinês, desviando a atenção das crescentes evidências que apontam a que as perdas da biodiversidade, desmatamento e comércio de animais silvestres são os perigos reais.