Nuvem de Oort pode conter 100 trilhões de objetos interestelares, revela novo estudo

© Foto / NASA, ESAMilhares de brilhantes estrelas jovens estão aninhadas dentro da nebulosa gigante NGC 3603, um dos maiores enxames de estrelas jovens na Via Láctea
Milhares de brilhantes estrelas jovens estão aninhadas dentro da nebulosa gigante NGC 3603, um dos maiores enxames de estrelas jovens na Via Láctea - Sputnik Brasil, 1920, 25.08.2021
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A nuvem de Oort é um hipotético aglomerado esférico que se crê circundar as fronteiras mais distantes do Sistema Solar.

Esta região é considerada a fonte mais provável de cometas de longo período, entre os quais podem estar corpos celestes que vieram de áreas muito mais distantes – o meio interestelar dentro da nossa galáxia.

De acordo com um estudo de cientistas do Observatório Astrofísico Harvard & Smithsonian, publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, o número de corpos celestes da nuvem de Oort que veio de fora do Sistema Solar é superior ao número de objetos originalmente pertencentes ao nosso sistema.

De acordo com cálculos realizados pelos astrônomos Amir Siraj e Avi Loeb, a nuvem de Oort pode conter cerca de 100 trilhões de objetos interestelares, embora a teoria popular sobre a formação de sistemas planetários sugira que deveria haver menos objetos "alienígenas" do que corpos celestes originalmente localizados na referida nuvem.

CC BY-SA 4.0 / Pablo Carlos Budassi / Oort cloud (cropped image)Ilustração artística da nuvem de Oort
Nuvem de Oort pode conter 100 trilhões de objetos interestelares, revela novo estudo - Sputnik Brasil, 1920, 25.08.2021
Ilustração artística da nuvem de Oort

Os objetos interestelares são extremamente difíceis de detectar, pois não emitem luz por si mesmos. Os astrônomos podem observá-los somente se "taparem" objetos de fundo, passarem pelo nosso Sistema Solar perto do Sol ou se se separarem da nuvem de Oort e se moverem em uma órbita hiperbólica altamente alongada, sem relação com a gravidade do Sol.

Até agora, existem apenas dois objetos interestelares registrados: o asteroide Oumuamua, detectado em 2017, e o cometa 2I/Borisov, descoberto em 2019.

Os pesquisadores afirmam ainda que as regiões internas do Sistema Solar também estão cheias de objetos interestelares, mas os humanos são incapazes de identificá-los porque ainda não possuem tecnologia para o fazer.

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