Em um estudo publicado por cientistas da Universidade de Nagoya, no Japão, foi possível quantificar, pela primeira vez, os componentes de prótons e elétrons de raios cósmicos em um remanescente de supernova.
O estudo ajudou a resolver um antigo mistério sobre onde os prótons (principais componentes dos raios cósmicos) aceleram, e representou um passo importante para determinar precisamente de onde vêm os raios.
Segundo os cientistas, acredita-se que os raios cósmicos sejam acelerados pelas consequências das explosões de supernovas e viajem para a Terra quase na velocidade da luz.
Análises recentes de imagens de radiação de rádio, raio X e raios gama revelaram que pelo menos 70% dos raios gama de altíssima energia emitidos pelos raios cósmicos são devidos a prótons relativísticos.
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Portanto, se os raios gama são produzidos por prótons, o principal componente dos raios cósmicos, a origem dos raios cósmicos pode ser verificada nos remanescentes de supernovas.
No entanto, os raios gama também são produzidos por elétrons, por isso é necessário determinar se a origem dos prótons ou elétrons é dominante e medir a proporção de ambos.
Os resultados da pesquisa japonesa fornecem evidências convincentes de que os raios gama se originam do componente de prótons, que é o principal componente dos raios cósmicos, e esclarecem que os raios cósmicos galácticos são produzidos por remanescentes de supernovas.