Os mesmos relatos sugerem que Washington já evacuou todos os trabalhadores afegãos da embaixada norte-americana em Cabul, que agora se encontra encerrada.
O Pentágono declarou que a ameaça de ataques no Aeroporto Internacional de Cabul se mantém "real e específica".
"Estamos em um momento particularmente perigoso. A presença de ameaças ainda é real, ainda está ativa e, em muitos casos, ainda é específica", disse John Kirby, porta-voz do Pentágono.
Recentemente, um membro do Daesh (grupo terrorista proibida na Rússia e em outros países), o Estado Islâmico-Khorasan (EI-K) (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), realizou ataques suicidas no aeroporto de Cabul, após vários avisos das autoridades norte-americanas e britânicas de que tais ataques seriam possíveis e esperados em meio do caos vivido no local.
Apesar das forças da OTAN terem sido informadas da ameaça, os atacantes terroristas conseguiram matar mais de 200 pessoas no aeroporto superlotado, incluindo 13 membros dos serviços dos EUA.
Os membros do EI-K também dispararam vários foguetes em 29 de agosto, mas todos acabaram sendo interceptados por um sistema antimísseis instalado pelos EUA.
Pentágono não está 'em posição para disputas'
Após o ataque homem-bomba no aeroporto, os EUA conduziram um ataque aéreo contra um veículo alegadamente transportando militantes do grupo terrorista em questão e carregado de explosivos em Cabul.
Apesar de o Pentágono afirmar que o ataque só matou membros do EI-K, várias reportagens do CNN, bem como da mídia local, sugeriram que o ataque norte-americano também resultou na morte de nove civis, incluindo seis crianças.
Kirby, por sua vez, comentou que o Pentágono não pode, atualmente, contestar as reportagens sobre vítimas civis, acrescentando que uma investigação sobre as reivindicações está em andamento.
"Não estamos em posição para disputar [relatos de vítimas civis] neste momento. Estamos tratando [da questão] e estamos investigando", declarou o porta-voz do Pentágono.