Os cientistas afirmaram que os resultados do estudo seriam usados para um melhor tratamento dos pacientes com COVID-19, bem como para salvar milhares de vidas no mundo.
Uma equipe internacional de cientistas declarou ter descoberto uma das principais causas da morte pelo SARS-CoV-2.
De acordo com o estudo, publicado no dia 24 de agosto na revista Journal of Clinical Investigation, ser infectado por coronavírus é algo similar a receber uma picada de cascavel.
Uma enzima que dispara após uma pessoa ficar gravemente doente com COVID-19 é da mesma família da enzima encontrada no veneno de cascavel.
Ironicamente, o corpo humano possui o grupo segregado IIA do phospholipase A2 (sPLA2-IIA) em baixas concentrações, com a enzima protegendo o organismo dos micróbios e infecções.
Mas em grandes quantidades o sPLA2-IIA é perigoso aos humanos, pois pode "destruir" órgãos vitais, afirmou Floyd "Ski" Chilton, professor da Universidade do Arizona e autor principal do estudo.
"Em outras palavras, esta enzima está tentando matar o vírus, mas em determinado ponto ela é liberada em quantidades tão altas que pioram muito as coisas. Isso é um mecanismo de resistência contra a doença até atingir a capacidade para atacar o hospedeiro humano", afirmou.
O professor e seus colegas descobriram esta enzima nas amostras de sangue dos pacientes que tiveram casos severos de COVID-19. Os cientistas afirmaram que os remédios usados para tratar a picada de cobra poderiam ser utilizados para combater o coronavírus.
"Devido aos inibidores do sPLA2-IIA já existentes, nosso estudo apoia o uso desses inibidores em pacientes com elevados níveis de sPLA2-IIA para reduzir, ou até mesmo prevenir, a mortalidade por COVID-19", afirmou D. Maurizio Del Poeta, da Escola de Medicina do Renascimento de Stony Brook e coautor do estudo.