As consultas decorreram nesta terça-feira (31), e seus resultados foram anunciados logo depois.
Um porta-voz do Talibã, Suhail Shaheen, informou que Abdul Ghani Baradar, chefe do gabinete político do grupo insurgente, será apontado como ministro das Relações Exteriores.
Mullah Mohammad Yaqoob, filho do fundador do Talibã, se tornará ministro da Defesa, enquanto Khalil Haqqani, membro sênior da rede Haqqani, será o novo ministro do Interior do Afeganistão.
Outra fonte próxima da Sputnik indica que à frente do país ficará um conselho de 12 membros, integrado pelo ex-presidente afegão Hamid Karzai, o ex-ministro das Relações Exteriores Hanif Atmar, e o chefe do Alto Conselho Nacional de Reconciliação, Abdullah Abdullah.
O grupo insurgente anunciará, oficialmente, a formação do novo governo em 3 de setembro, sendo que a sua composição completa ainda não se conhece.
O Talibã exorta à reabertura das missões diplomáticas estrangeiras que foram evacuadas no início de agosto, de acordo com o porta-voz do Talibã, Mawlawi Delawar, nesta terça-feira (31).
"Damos as boas-vindas aos países que mantiveram suas embaixadas em Cabul e instamos aqueles que partiram a reabrirem suas embaixadas [...] Não há nenhuma ameaça contra eles", disse Delawar.
Desde 15 de agosto de 2021, quando o grupo insurgente tomou o controle de Cabul, em meio à retirada caótica das forças estrangeiras do país e de muitos afegãos, que o Talibã anunciava que formaria seu próprio governo.
Após 20 anos de guerra, militantes do grupo insurgente celebram a saída das forças estrangeiras do país, tendo declarado que agora, o Afeganistão "se tornou livre e independente".