O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello afirmou que os discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília e São Paulo "revelam a triste figura e a distorcida mente autocrática de um político medíocre e sem noção dos limites éticos e constitucionais que devem pautar a conduta de um verdadeiro chefe de Estado que seja capaz de respeitar o dogma fundamental da separação de poderes". As declarações foram feitas à revista Veja nesta terça-feira (7).
O ex-ministro continuou: "Na realidade, Bolsonaro é um político que não está, como jamais esteve, à altura do cargo que exerce, pois lhe faltam estatura presidencial e senso de estadista! Com esses discursos ofensivos e transgressores da autonomia institucional do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, incompatíveis com os padrões mais elevados da Constituição democrática que nos rege, Bolsonaro degradou-se, ainda mais, em sua condição política de Presidente da República e despojou-se de toda respeitabilidade que imaginava possuir".
O presidente, usando dinheiro público, transformou a data nacional em evento particular, a serviço de seus interesses golpistas. Chegou o momento histórico de os presidentes da Câmara e do Senado tomarem posição. A sociedade espera atitude firme de defesa da democracia ameaçada.
— Felipe Santa Cruz (@felipeoabrj) September 7, 2021
O Governo de São Paulo aplicou nesta terça-feira (7) uma nova autuação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partida) por não utilizar máscara durante o ato na Avenida Paulista.
Em nota, o governo informou que os agentes da Vigilância Sanitária do estado também autuaram outras 13 autoridades e personalidades, entre deputados, secretários, lideranças religiosas, artistas e empresários durante a manifestação, informa o portal UOL.
Os atos deste 7 de setembro de apoio e oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na capital paulista reuniram cerca de 140 mil pessoas, informou a Secretaria da Segurança Pública do estado, citada pelo jornal Estadão.
As manifestações da Avenida Paulista, de apoiadores do presidente, contaram com aproximadamente 125 mil pessoas de acordo com estimativa do órgão. Já os protestos do Vale do Anhangabaú, que reuniu manifestantes contra Bolsonaro, tiveram cerca de 15 mil pessoas.
Essas ameaças de tom golpista tentam demonstrar força mas, ao contrário, só revelam a fraqueza e o desequilíbrio de quem as faz. Mostram desprezo às leis e à Constituição. Tentam provocar o caos para tirar o foco dos reais problemas do país e da total incapacidade de resolvê-los.
— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) September 7, 2021
AGORA! Oswaldo Eustáquio novamente preso por Alexandre de Moraes.
— Bruno Engler (@BrunoEnglerDM) September 7, 2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) iniciou seu segundo discurso do dia, agora na Avenida Paulista, em São Paulo.
Bolsonaro começou citando Deus e dizendo que passou por meses difíceis, nos quais recebeu muitas cobranças.
Aos milhares de apoiadores, Bolsonaro voltou a atacar sem provas o sistema eleitoral: "Não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável".
Está na hora do comando do Congresso enquadrar o Bolsonaro.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) September 7, 2021
Segundo um comunicado recebido pela Sputnik, ex-porta-voz do ex-presidente dos EUA Donald Trump, Jason Miller, que foi detido mais cedo para depoimento, conseguiu partir para os EUA.
"Hoje à tarde, minha equipe técnica, que está em viagem, foi interrogada por três horas no aeroporto de Brasília, depois de termos participado nesse fim de semana da Conferência de Ação Política Conservadora [CPAC]. Não nos acusaram de nenhuma violação, só disseram que 'queriam falar'. Informamos que não temos nada a dizer e depois fomos permitidos voltar para os EUA", segundo o comunicado de Miller.
Antes, o ex-braço direito de Trump foi detido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram registrados nesta terça-feira (7) em diferentes bairros de São Paulo, como no entorno da rua da Consolação, no centro, em Paraíso, zona sul, e Perdizes, zona oeste, reporta o jornal Folha de S. Paulo.
Há também um ato contra o presidente no centro da cidade de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, que reúne milhares de pessoas. A manifestação reúne representações de movimentos e partidos de esquerda.
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB-RJ) afirmou nesta terça-feira (7) que julga "que o presidente se equivocou, pois ninguém sabe disso". Mourão se referia à convocação que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez horas antes do Conselho da República para quarta-feira (8).
Presidido pelo presidente da República, o Conselho da República é composto pelo vice-presidente, pelos presidentes da Câmara e do Senado, líderes da maioria e da minoria das duas Casas, ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos, todos com mandato de três anos.
Mourão teria que estar presente na reunião, mas o vice-presidente tem agenda na quarta-feira (8) na Amazônia, informa a revista Veja.
Estudantes, religiosos, líderes sociais e representantes sindicais se reuniram na frente da Assembleia Legislativa do Piauí nesta terça-feira (7), durante o 27º Grito dos Excluídos, que neste ano teve como centro as denúncias contra o governo Bolsonaro.
"O centro da luta é a superação do governo genocida de Bolsonaro. O que está em curso no país é uma política de morte ampla, que só pode ser vencida com mobilização. Esse é o chamado do Grito dos Excluídos", explica Gisvaldo Oliveira, diretor do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES) e membro da organização do evento, citado pelo jornal Estadão.
Em ato simbólico, os manifestantes foram às ruas levando cruzes em alusão às mais de 583 mil mortes em decorrência da COVID-19 no Brasil e 6.963 no Piauí, desde o início da pandemia.
A manifestação foi pacífica e os participantes mantiveram distanciamento, com uso de máscaras e álcool em gel durante todo o percurso, informa a mídia.
Depois do fiasco, Bolsonaro recorre a bravatas golpistas contra as instituições. Perdeu e seguirá sendo enquadrado pela democracia implantada com muitas dores, perdas e sangue. O fascismo não triunfará.#IndependenciadoBrasil #democracia #7SETEMBRO pic.twitter.com/m7HvCHB0eD
— Renan Calheiros (@renancalheiros) September 7, 2021
Sou líder da Minoria na Câmara e membro do Conselho da República. Defendo que o Conselho não pode se reunir mediante ameaças de um presidente que viola a Constituição. Se houver reunião, não participarei. Bolsonaro está isolado e tenta encenar uma força que não tem. pic.twitter.com/cu9m9HWurI
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) September 7, 2021
Um homem foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (7) durante ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), portando uma faca e um soco inglês, informa o jornal Estadão. A prisão ocorreu perto de onde os manifestantes favoráveis a Bolsonaro se concentraram para o ato.
"Policiais do Copacabana Presente prenderam em flagrante um homem que portava uma faca, um soco inglês e materiais utilizados para fabricar coquetel molotov", diz a nota do Segurança Presente, reproduzida pela mídia.
Especialistas e políticos estavam receosos sobre possível presença de polícias armados entre os manifestantes nesta terça-feira (7). Segundo o levantamento divulgado pelo jornal O Globo, 30% dos polícias afirmaram que tinham intenção de sair às ruas neste feriado, embora a legislação os impeça de participar em manifestações políticas, mesmo em dias de folga.
A Embaixada da Rússia felicita o Brasil pelo Dia da Independência! pic.twitter.com/0x0osqFe2g
— Rússia no Brasil (@embaixadarussa) September 7, 2021
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defende que o seu partido apoie um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A sigla vai se reunir na quarta-feira (8) para discutir o caso.
"Nossa posição em São Paulo é de que o PSDB deve ser oposição ao governo e apoiar o impeachment", afirmou Doria ao jornal Folha de S. Paulo.
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocou uma reunião extraordinária após 'gravíssimas declarações' de Bolsonaro nesta terça-feira (7).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (7) que haverá um encontro entre os chefes de Poderes na quarta-feira (8). Os presidentes do Supremo Tribunal Federal, da Câmara e do Senado, todavia, disseram que desconhecem a reunião, reporta o jornal Folha de S. Paulo.
"Amanhã estarei no Conselho da República juntamente com ministros para nós, juntamente com presidente da Câmara, Senado e do Supremo Tribunal Federal, com esta fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos devemos ir", disse Bolsonaro, citado pela mídia.
Presidido pelo presidente da República, o Conselho da República é composto pelo vice-presidente, pelos presidentes da Câmara e do Senado, líderes da maioria e da minoria das duas Casas, ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos, todos com mandato de três anos.
O Presidente do PSDB, Bruno Araújo, convoca reunião Extraordinária da Executiva para esta quarta-feira, para diante das gravíssimas declarações do presidente da República no dia de hoje, discutir a posição do partido sobre abertura de de Impeachment e eventuais medidas legais.
— PSDB 🇧🇷 (@PSDBoficial) September 7, 2021
Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fecharam parcialmente a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Guardas municipais e Policiais Militares acompanham o ato e orientam o trânsito na região. Nenhuma ocorrência foi registrada até o momento.
Com faixas com dizeres "Fora, Bolsonaro" e "Bolsonaro genocida", o protesto possui uma pauta diversificada. Os manifestantes se deslocam até à Praça Mauá, onde o ato será encerrado, em frente ao Museu de Arte do Rio (MAR).
Sinto vergonha de ver gente usando as cores da bandeira do Brasil e cantando o hino nacional em apoio a um insano q ocupa a presidência e transforma o 7 de setembro em dia de ameaça à democracia brasileira. Bolsonaro já roubou nossos símbolos, mas não roubará nossa liberdade.
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) September 7, 2021
Manifestantes que se manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixaram a Torre de TV, em Brasília, por volta das 11h00. Segundo os organizadores, o ato reuniu cerca de três mil participantes. A Polícia Militar estima que 400 pessoas estiveram no protesto.
Os participantes gritaram palavras de ordem contra o governo Bolsonaro e em defesa da democracia. Os manifestantes também pediram a prorrogação do auxílio emergencial e a vacinação em massa contra a COVID-19.
O protesto contra o presidente ocorreu a aproximadamente três quilômetros da Esplanada dos Ministérios, onde grupos bolsonaristas manifestavam a favor do governo. Apesar da proximidade entre os grupos, não houve relatos de conflitos.
No Nordeste 🌵, Bolsonaro não se cria! 🚩
— ERIKA HILTON 🏳️⚧️💉 (@ErikakHilton) September 7, 2021
Todas as forças só mundo para a manifestação de #7DeSetembro #ForaBolsonaro, agora, em Recife, Pernambuco! 🇧🇷🚩 pic.twitter.com/alfaGbUdoF
Segundo o portal Metrópoles, a Polícia Federal (PF) deteve nesta terça-feira (7) o empresário Jason Miller, ex-braço direito do ex-presidente norte-americano Donald Trump (2016-2021).
A detenção ocorreu no aeroporto de Brasília e a ordem teria partido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com a mídia, Miller foi detido na área reservada para voos particulares, quando estava prestes a embarcar de volta para os EUA em jato particular. O empresário vai prestar depoimento à PF sobre suposta participação nos atos antidemocráticos no Brasil.
Miller participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) e se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e com o ex-chanceler Ernesto Araújo.
Em Fortaleza, manifestantes pedem a soltura de Daniel Silveira, uma nova constituição e a criminalização do comunismo. Veja os cartazes 👇 pic.twitter.com/XBBUhI6HwS
— Beatriz Jucá (@beatrizjuca) September 7, 2021
Manifestantes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, pedem o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
Em Copacapana se reuniram motociclistas em favor do presidente, liderados por motos da Polícia Militar. Outros manifestantes no local estão com cartazes em inglês, com rosto do ex-deputado Roberto Jefferson, com apelos contra ministros do STF e defesa do voto impresso.
Nesse Sete de Setembro, comemoramos nossa Independência, que garantiu nossa Liberdade e que somente se fortalece com absoluto respeito a Democracia.
— Alexandre de Moraes (@alexandre) September 7, 2021
Em discurso na capital, Bolsonaro ameaça o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente da corte, ministro Luiz Fux: "Ou o chefe desse Poder enquadra o seu [ministro] ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos", disse.
Bolsonaro discursou em um carro de som e também atacou o ministro Alexandre de Moraes. De acordo com o presidente, "uma pessoa específica da região dos três Poderes" está "barbarizando" a população e fazendo "prisões políticas", algo que ele, o presidente, não pode mais aceitar.
De acordo com o presidente, "o STF perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal". "Nós todos aqui, sem exceção, somos aqueles que dirão para onde o Brasil deverá ir. Temos em nossa bandeira escrito ordem e progresso. É isso que nós queremos. Não queremos ruptura, não queremos brigar com poder nenhum [...]. Não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade", sentenciou.
Pela manhã, o presidente participou do hasteamento da bandeira no Palácio do Alvorada, em Brasília e planeja realizar discursos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo. "Hoje é dia do povo brasileiro, que vai nos dar um norte, para onde o Brasil deve ir. Apenas hoje quero ser o porta-voz de vocês", disse o presidente durante o evento.
Jair Bolsonaro (sem partido) chegou ao evento acompanhado por crianças. Além do vice, Hamilton Mourão (PRTB-RJ), e o líder do governo da Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), mais dez ministros participaram do ato: Anderson Torres (Justiça), Onyx Lorenzoni (Trabalho), Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (GSI), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), João Roma (Cidadania), Tereza Cristina (Agricultura), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).