Instagram vira plataforma de comércio de armas e guerra de gangues nos EUA, revela agente
07:09 09.09.2021 (atualizado: 12:29 12.11.2021)
© AP Photo / Brennan LinsleyLoja de venda de armas no Colorado, Estados Unidos (foto de arquivo).
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Richard E. Connors, funcionário da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA, afirma que o Instagram se tornou um centro de comércio indiscriminado de armas e de guerra entre gangues no país.
Connors monitorou e revisou as contas de alguns supostos membros da gangue Wild 100 da cidade de Milwaukee, no estado norte-americano de Wisconsin, durante cerca de cinco meses. Descobriu que o bando tinha uma disputa longa com outra gangue, a Ghetto Boy Clique, que incluía tiroteios e assassinatos, segundo o portal Vice.
"Observei os membros conhecidos da Wild 100 publicando, gabando, se marcando constantemente entre si em atividades com armas de fogo, que incluem crimes federais pelo menos uma vez por semana", disse o agente.
Em particular, Connors seguiu os passos no Instagram dos irmãos Teshae e Quishawn Hanna e de Larry G. Hamilton, todos membros da organização Wild 100, e encontrou conversas em que discutiam a posse e venda de armas.
The weapons the gang, The Wild 100's, had access to include AR-15 style rifles, the handgun converters, etc. Images posted on Instagram https://t.co/ghdgYmfiaN pic.twitter.com/U4DvZoKGxf
— Joseph Cox (@josephfcox) September 7, 2021
As armas a que a gangue, The Wild 100's, teve acesso incluem fuzis do estilo AR-15, pistolas convertidas, etc. Imagens publicadas no Instagram.
Falavam da comercialização de algumas armas com dispositivos que permitem, por exemplo, transformar uma pistola Glock em uma arma totalmente automática não registrada, algo que eles não poderiam adquirir legalmente.
O relatório revela que os criminosos usam todas as funções da plataforma (mensagens privadas, publicações, histórias e transmissões ao vivo) para seus negócios ilegais e para divulgar sua força e intimidar seus rivais.
Connors informou desta situação em uma solicitação legal de carácter público em 14 de junho, solicitando que o Facebook, proprietário do Instagram, forneça aos tribunais toda a informação e dados de contas dos indivíduos envolvidos para iniciar um processo judicial. De momento, as três conta permanecem ativas, indica o portal.