Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta quarta-feira, 15 de setembro
06:00 15.09.2021 (atualizado: 08:22 28.11.2021)
Nos siga no
Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta quarta-feira (15), marcada pelo parecer jurídico à CPI apontando os crimes de responsabilidade de Bolsonaro, pelos lançamentos de mísseis balísticos norte-coreanos e pelo interrogatório de Blinken no Congresso dos EUA.
Parecer à CPI indica que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade na pandemia
Nesta terça-feira (14), um grupo de juristas coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior entregou um parecer à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid sobre os possíveis crimes que o presidente Jair Bolsonaro teria cometido durante a pandemia. O estudo aponta, segundo o portal G1, que houve "omissão consciente" e "inação" do presidente, bem como de seus "coatores do desastre humanitário" - do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do ex-secretário executivo da pasta, Élcio Franco. Conforme a lei principal do país, crimes de responsabilidade podem resultar em impeachment do presidente da República. O texto deve ajudar a embasar o relatório final do relator da CPI, Renan Calheiros, que concluirá o trabalho da comissão. Segundo o senador, o documento será entregue em 23 de setembro.
- Além disso, nesta quarta-feira (15), no Dia Internacional da Democracia, a Human Rights Watch emitiu um documento que afirma que o presidente do Brasil está ameaçando os pilares da democracia no país. Conforme a ONG dos Direitos Humanos, tais ameaças seriam os ataques ao STF, as alegações de fraude eleitoral e a violação da liberdade de expressão de seus opositores: "O presidente Bolsonaro, um apologista da ditadura militar no Brasil, está cada vez mais hostil ao sistema democrático de freios e contrapesos", cita o G1 as palavras do chefe da divisão das Américas da Human Rights Watch, José Miguel Vivanco.
COVID-19 no Brasil: SP aplicará dose de reforço exclusivamente com Pfizer; Paraná libera eventos com até 1.000 pessoas
A partir de hoje, quarta-feira (15), a cidade de São Paulo vai aplicar exclusivamente o imunizante Pfizer como dose de reforço a idosos, anunciou a Secretaria municipal da Saúde da capital. Assim, o governo da cidade mudou sua posição e priorizou no fim a recomendação do Ministério da Saúde para aplicar a vacina da Pfizer como dose de reforço. Nesta segunda-feira (13), o estado paulista começou aplicação da dose de reforço em idosos de 85 a 89 anos que já tenham recebido a segunda ou a dose única há pelo menos seis meses. Enquanto isso, o governo do Paraná publicou na tarde desta terça-feira (14) um novo decreto revogando o toque de recolher no estado e liberando também eventos com até 1 mil pessoas. Além disso, foi cancelada a proibição de venda de bebidas alcoólicas no período da madrugada. O documento foi assinado pelo governador Ratinho Junior, e, segundo o governo, a liberação das medidas restritivas foi possível graças às melhorias da situação epidemiológica no Paraná. Entretanto, o Brasil confirmou mais 709 mortes e 12.672 casos de COVID-19, totalizando 587.847 óbitos e 21.017.736 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
© Folhapress / Evandro Leal/Agência EnquadrarVacinação contra a COVID-19 em adolescentes em Porto Alegre, RS, 14 de setembro de 2021
Vacinação contra a COVID-19 em adolescentes em Porto Alegre, RS, 14 de setembro de 2021
© Folhapress / Evandro Leal/Agência Enquadrar
Coreia do Norte lança 2 mísseis balísticos; Japão reúne Conselho de Segurança Nacional
A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos na direção do mar do Japão nesta quarta-feira (15), relataram militares sul-coreanos. Conforme afirma o comunicado emitido pelo Estado-Maior Conjunto de Seul, Pyongyang disparou "dois mísseis balísticos não identificados" a partir do centro do país para o mar da costa leste. "As agências de inteligência da Coreia do Sul e dos EUA estão conduzindo uma análise detalhada", adicionou. O lançamento ocorreu durante a visita do chanceler chinês Wang Yi a Seul para negociações com seu colega sul-coreano. O Japão condena os lançamentos dos mísseis norte-coreanos e considera-os uma ameaça à paz e segurança na região, disse o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga durante o briefing de emergência no seu Gabinete. "Os lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte ameaçam a paz e a segurança do nosso país e da região. Eles violam as decisões do Conselho de Segurança da ONU. Expressamos nosso forte protesto e condenamos fortemente [os lançamentos]", disse Suga. O premiê japonês deu ordens para convocar o Conselho de Segurança Nacional até o final do dia, bem como para recolher e analisar as informações, de forma a o país estar preparado para situações imprevistas. Os lançamentos aconteceram poucos dias após relatos de que a Coreia do Norte testou um novo míssil de cruzeiro de longo alcance.
Israel acredita que Irã está a 2 meses de ser capaz de produzir bomba nuclear
O Irã vai ter todos os materiais necessários e capacidades para produzir uma bomba nuclear em dois ou três meses, disse o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, em entrevista ao jornal Foreign Policy publicada na tarde desta terça-feira (14). O ministro alertou sobre uma corrida regional às armas nucleares, adicionando que, se Teerã cruzar o limiar, outros países "não vão ficar de braços cruzados", mas comprarão materiais diretamente do Paquistão ou de quem quer que possam comprar. No entanto, Israel atualmente está desenvolvendo suas próprias medidas para entravar o progresso nuclear do Irã. "Não somos a América, mas temos as nossas capacidades", notou o ministro. Um novo relatório do Instituto de Ciência e Segurança Internacional em Washington estimou que o Irã pode ter urânio enriquecido suficiente para purificá-lo a um grau necessário para fazer armas nucleares, com a pior estimativa de tal cenário sendo possível em um mês.
© REUTERS / Abir SultanMinistro da Defesa de Israel, Benny Gantz (à esquerda) e chanceler israelense, Yair Lapid, durante reunião no MRE em Jerusalém, 12 de setembro de 2021
Ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz (à esquerda) e chanceler israelense, Yair Lapid, durante reunião no MRE em Jerusalém, 12 de setembro de 2021
© REUTERS / Abir Sultan
Blinken enfrenta duro interrogatório sobre Afeganistão no Congresso
O secretário de Estado dos EUA Antony Blinken enfrentou ontem (14) a segunda jornada de um duro interrogatório no Congresso sobre a retirada das forças norte-americanas do Afeganistão, que provocou muitas críticas ao governo Joe Biden. Em declarações ante o Comitê de Relações Exteriores do Senado, Blinken tentou desviar na terça-feira (14) uma série de perguntas de legisladores de ambos partidos a respeito da operação que resultou no controle total do país pelo Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) e deixou cidadãos americanos, residentes estrangeiros e afegãos em risco. Dois membros da comissão, o democrata Bob Menéndez e o republicano James Risch, classificaram a retirada de "fracasso" em suas declarações iniciais. Blinken tentou desviar as críticas e afirmou que o governo fez o melhor que pôde em circunstâncias extremamente difíceis e caóticas. Além disso, ele culpou a administração Donald Trump pelo acordo de paz com o Talibã em fevereiro de 2020. "Nem mesmo as avaliações mais pessimistas poderiam prever que as forças do governo em Cabul entrariam em colapso enquanto as forças americanas permanecessem", disse Blinken. "Estávamos focados no que aconteceria depois que os Estados Unidos se retirassem, de setembro em diante." Ele disse que a retirada e o fim da guerra mais duradoura dos EUA foram decisões "corretas" após 20 anos e observou que, apesar das dificuldades, os Estados Unidos e seus aliados evacuaram cerca de 124 mil pessoas.
© REUTERS / Drew AngererSecretário de Estado Antony Blinken durante interrogatório sobre Afeganistão ante o Comitê de Relações Exteriores do Senado, Washington, 14 de setembro de 2021
Secretário de Estado Antony Blinken durante interrogatório sobre Afeganistão ante o Comitê de Relações Exteriores do Senado, Washington, 14 de setembro de 2021
© REUTERS / Drew Angerer
Bloco militar de antigas repúblicas soviéticas se reúne no Tajiquistão
Os chanceleres e ministros da Defesa dos países-membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), bloco militar de seis antigas repúblicas soviéticas, realizam hoje (15) uma reunião conjunta na capital tajique, Dushanbe, junto com os chefes dos conselhos de segurança nacional. O encontro ocorre na véspera da cúpula chefiada pelo presidente do Tajiquistão, Emomali Rahmon, com presença do presidente russo Vladimir Putin, o belarrusso Aleksandr Lukashenko, Nikol Pashinyan da Armênia, Kassym-Jomart Tokayev do Cazaquistão e Sadyr Japarov do Quirguistão. A OTSC adotou um comunicado sobre a situação no Afeganistão, anunciou o secretário-geral da organização, Stanislav Zas, bem como uma declaração dos ministros das Relações Exteriores sobre a coordenação do esforço conjunto no domínio da segurança da informação, combate ao ciberterrorismo e sobre o esforço coletivo para resolver crises no Oriente Médio e África do Norte.