Xi alerta contra possível 'interferência externa' na região do Indo-Pacífico após criação da AUKUS
12:03 18.09.2021 (atualizado: 12:29 12.11.2021)
© AFP 2023 / MIKHAIL METZEL/SPUTNIKO presidente chinês Xi Jinping, o então presidente da Mongólia, Khaltmaagiin Battulga, e o presidente russo Vladimir Putin durante reunião paralela à cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) em Bishkek, Quiguistão, em 14 de junho de 2019
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Apesar de os líderes dos três países da AUKUS afirmarem que a criação da aliança não visa nenhum país em concreto, a coalizão militar poderá ter a capacidade de dar uma resposta mais firme e assertiva a Pequim.
Durante discurso na cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), o presidente chinês Xi Jinping alertou contra a "interferência externa" na região do Indo-Pacífico e exortou os outros países-membros da SCO (Rússia, Tajiquistão, Cazaquistão, Uzbequistão e Quirguistão) a "rejeitarem a pregação moralista" das forças estrangeiras.
"Jamais devemos permitir qualquer interferência externa nos assuntos internos dos países de nossa região, sob nenhum pretexto, e devemos manter o futuro do desenvolvimento e do progresso de nossos países firmemente em nossas próprias mãos", frisou o presidente chinês na XXI reunião do Conselho de Chefes de Estado da SCO na sexta-feira (17), citado pelo estatal chinês Global Times.
Xi acrescentou que os membros da organização devem fortalecer os diálogos sobre políticas, a comunicação e a coordenação, respeitar as preocupações razoáveis uns dos outros e lidar adequadamente com os problemas em cooperação para impulsionar a organização a se desenvolver de maneira estável.
© AP Photo / Nicolas AsfouriPresidente da China, Xi Jinping, discursando em Pequim
Presidente da China, Xi Jinping, discursando em Pequim
© AP Photo / Nicolas Asfouri
Aliança AUKUS
As declarações do presidente chinês ocorrem em meio a tensões crescentes na região do Indo-Pacífico após a criação da aliança trilateral AUKUS entre EUA, Reino Unido e Austrália, que visa reforçar a "dissuasão integrada na região".
Apesar de os líderes dos três países da AUKUS terem afirmado que a criação da aliança não visa nenhum país em concreto, esta coalizão militar poderá ter a capacidade de dar uma resposta mais firme e assertiva a Pequim.
A China já criticou a nova parceria, chamando-a de "extremamente irresponsável" e afirmando que poderia "comprometer seriamente a paz e a estabilidade regionais, bem como intensificar a corrida armamentista".