Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta segunda-feira, 20 de setembro
06:00 20.09.2021 (atualizado: 07:58 21.11.2021)
© AFP 2023 / NATALIA KOLESNIKOVAHomens votam na estação ferroviária Kazansky em Moscou durante o último dia das eleições parlamentares na Rússia, 19 de setembro de 2021
© AFP 2023 / NATALIA KOLESNIKOVA
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta segunda-feira (20), marcada pelas tentativas de minimizar as tensões entre EUA, Reino Unido e França, pela vitória preliminar do partido no poder na Rússia nas eleições parlamentares e pela erupção do vulcão em uma das ilhas Canárias.
COVID-19 no Brasil: Pfizer já entregou 81 milhões de doses ao país; SP vacina completamente mais de metade da população
Neste domingo (19), a Pfizer alcançou 81 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus entregues ao Brasil, com a conclusão da remessa de 8,4 milhões de doses. Os lotes do imunizante chegaram ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Ainda faltam 18,9 milhões para completar os 100 milhões previstos pelo contrato com o Ministério da Saúde. As doses restantes devem ser enviadas ao país até o dia 30 de setembro. Enquanto isso, o estado de São Paulo registra sucesso na campanha de vacinação: neste domingo (19), o estado superou a marca de 50% da população completamente vacinada contra a COVID-19, conforme a Secretaria Estadual da Saúde. A percentagem corresponde a 23,1 milhões de pessoas, que receberam ou ambas as doses de vacinas disponíveis na campanha ou a dose única. Além disso, a primeira dose foi aplicada a 97,7% dos moradores adultos do estado paulista. Em números absolutos, São Paulo é o estado que mais vacina no país. Entretanto, o Brasil confirmou mais 239 mortes e 9.172 casos de COVID-19, totalizando 590.786 óbitos e 21.236.761 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Bolsonaro elabora projeto de lei para mudar Marco Civil da Internet
Nesta segunda-feira (20), o Congresso Nacional recebe o projeto de lei elaborado pelo presidente Jair Bolsonaro que estabelece alterações no Marco Civil da Internet para dificultar a exclusão de perfis e conteúdos das redes sociais. A proposta vem para substituir a Medida Provisória com o mesmo teor proposta também pelo chefe do Executivo, que foi rejeitada no Senado antes. O novo projeto tem objetivo idêntico: limitar a ação dos provedores de sites e redes sociais a fim de evitar a remoção de páginas ou o bloqueio de contas em defesa da "liberdade de expressão" dos usuários, conforme o Planalto. De acordo com a nota enviada pela Secretaria-Geral da Presidência, a medida busca que os usuários brasileiros "possam realizar a moderação do conteúdo de suas redes sociais de modo que não implique em indevido cerceamento dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros", cita o Correio Braziliense.
Presidente convida líder do Quênia a vir ao Brasil
Após ter enviado um avião da FAB para ir buscar o presidente de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, o presidente Jair Bolsonaro convidou outro líder africano a vir ao Brasil. Segundo informou ontem (19) o jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro enviou uma carta ao presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, citando interesses comuns. O convite foi enviado no dia 31 de agosto e diz que os dois países "compartilham interesses comuns, como a defesa do multilateralismo, da democracia e do desenvolvimento sustentável". "Estou convencido de que a visita de Vossa Excelência representará uma oportunidade valiosa para fazermos avançar o comércio, a cooperação e o entendimento mútuo entre o Brasil e o Quênia", afirma Bolsonaro na carta. O lado queniano ainda não respondeu ao convite. Entretanto, os dois Estados devem participar do Conselho de Segurança da ONU no mandato a partir do ano de 2022.
© AP Photo / Gonzalo FuentesPresidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, durante conferência Inno Generation em Paris, 1º de outubro de 2020
Presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, durante conferência Inno Generation em Paris, 1º de outubro de 2020
© AP Photo / Gonzalo Fuentes
França, EUA e Reino Unido enfrentam tensões devido à aliança AUKUS
O cancelamento pela Austrália da encomenda de submarinos à França e a formação do novo mecanismo de segurança regional AUKUS (Austrália-Reino Unido-EUA) levou a mudanças no equilíbrio de forças e a uma série de conflitos entre os lados. A França decidiu convocar seus embaixadores na Austrália para consultas; o encontro entre o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, e seu colega francês, Florence Parly, foi cancelado. Peter Ricketts, o co-presidente do Conselho Franco-Britânico, em cuja reunião os ministros planejavam se pronunciar, informou que o evento "foi adiado". Além disso, os ministros deviam realizar um encontro bilateral em Londres, mas esse também foi cancelado. O The Guardian informou no sábado (18) que as negociações dos EUA sobre a formação da aliança AUKUS decorreram durante meses no maior secretismo e durante a cúpula do G7 em Cornwall em julho, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron não percebeu que os australianos estavam prestes a abandonar o acordo. Mesmo assim, os Estados Unidos e o Reino Unido procuraram reduzir as tensões com Paris no domingo (19). O premiê britânico Boris Johnson tentou minimizar as preocupações da França sobre o acordo, dizendo que o pacto não era "destinado a ser excludente [...] Não é algo que alguém precise se preocupar e, particularmente, nossos amigos franceses". Por sua vez, o presidente americano Joe Biden pediu uma ligação telefônica com Macron que deve ocorrer "nos próximos dias", segundo o porta-voz do governo da França, Gabriel Attal. "Queremos explicações", disse Attal, acrescentando que os EUA têm de responder por "o que parece ser uma grande quebra de confiança".
© REUTERS / BENOIT TESSIERAcrobata francês Nathan Paulin caminha sobre uma corda entre a Torre Eiffel e o Teatro Nacional de Chaillot, Paris, 18 de setembro de 2021
Acrobata francês Nathan Paulin caminha sobre uma corda entre a Torre Eiffel e o Teatro Nacional de Chaillot, Paris, 18 de setembro de 2021
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Eleições parlamentares na Rússia: segundo resultados preliminares, partido no poder foi o mais votado
As eleições para a câmara baixa do Parlamento da Rússia – Duma de Estado – ocorreram no país neste final de semana, de 17 a 19 de setembro. Representantes de 14 partidos lutaram por mandados. No momento atual, apenas cinco ultrapassaram o limiar de 5%: Rússia Unida, KPRF (Partido Comunista da Rússia), LDPR (Partido Liberal Democrático da Rússia), Rússia Justa Pela Verdade e o partido Novas Pessoas. Após 80,19% dos votos contados, o partido no poder (Rússia Unida) é o mais votado, com 49,42% dos votos. O KPRF tem até agora 19,82% dos votos contados, o LDPR 7,55%, o Rússia Justa obteve 7,38% e o Novas Pessoas, 5,39%. Os candidatos da Rússia Unida mantêm sua liderança em 194 círculos eleitorais com mandato único. O partido afirma que já obteve dois terços dos deputados no Parlamento. O secretário-geral do conselho da Rússia Unida, Andrei Turchak, felicitou os apoiadores na sede do partido pela "vitória limpa e justa". No entanto, alguns representantes da oposição afirmam que a votação teria sido falsificada em grande escala. Além disso, eles dizem que as autoridades tomaram medidas drásticas para impedir a campanha Voto Inteligente. A estratégia da oposição radical não foi apelar ao voto em determinado partido mas sim fornecer, através de um aplicativo, listas dos candidatos melhor posicionados para derrotar os políticos alinhados com o Kremlin.
© REUTERS / Yevgenia NovozheninaMembros do comitê eleitoral local contam cédulas de votação na seção eleitoral na estação ferroviária Kazansky em Moscou, Rússia, 19 de setembro de 2021
Membros do comitê eleitoral local contam cédulas de votação na seção eleitoral na estação ferroviária Kazansky em Moscou, Rússia, 19 de setembro de 2021
© REUTERS / Yevgenia Novozhenina
Erupção do vulcão La Palma na Espanha força autoridades a evacuar 5.000 pessoas
Cerca de 5 mil pessoas foram evacuados das áreas próximas ao vulcão que entrou em erupção na ilha espanhola La Palma, informa a Guarda Civil. "O espaço aéreo está aberto, o aeroporto está operando normalmente", acrescentou a entidade no Twitter no domingo (19). No mesmo dia de manhã, o Instituto de Vulcanologia das Canárias (INVOLCAN) confirmou que o vulcão tinha começado a entrar em erupção na ilha espanhola de La Palma. A atividade sismológica foi registrada na área uma semana antes da erupção, por isso as autoridades puderam começar de antemão a evacuar de pessoas com mobilidade limitada. "Garantiremos a segurança dos cidadãos em todos os momentos", afirmou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, no Twitter após o encontro de emergência no governo no domingo (19). A última vez que a ilha de La Palma viu uma erupção vulcânica foi em 1971, quando um homem morreu.