Paris: EUA nunca mencionaram aliança AUKUS e não responderam às 'dúvidas' da França

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 Palácio de Elysée  (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 20.09.2021
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As relações de Paris com seus aliados americanos, britânicos e australianos sofreram um revés após o anúncio na quarta-feira (15) pelos três países de que criariam um novo pacto de segurança trilateral.
Os EUA nunca mencionaram qualquer iniciativa para formar uma nova aliança de segurança e nunca responderam a nenhuma das perguntas da França sobre o assunto, disse na segunda-feira (20) o Palácio de Elysée.
Um porta-voz do palácio presidencial indicou que, quando Emmanual Macron, presidente da França, se reuniu com o premiê australiano Scott Morrisson em Paris em meados de junho, o chefe de Estado da Austrália não deu nenhuma pista de que Camberra cancelaria um lucrativo contrato de submarinos com a França.
"Levantamos a questão do Indo-Pacífico e dos submarinos em todos os níveis a partir de junho, quando começamos a ter sérias dúvidas", indicou o porta-voz.
"Foi o presidente que tomou a iniciativa de convidar Morrisson em junho. Morrisson não lhe disse nada e sugeriu [um possível cancelamento] e eles concordaram em continuar o trabalho. O presidente escreveu posteriormente a Morrisson para expressar suas preocupações. A resposta de Morrisson foi puramente dilatória", acrescentou a fonte.

Como começou o drama?

Austrália e França acordaram em 2016 um contrato de 90 bilhões de dólares australianos (R$ 347,26 bilhões, na cotação atual) para construir uma frota de 12 submarinos de ataque para a Marinha da Austrália.
O contrato foi cancelado no último momento na semana passada, depois que Morrison, Joe Biden, presidente dos EUA, e Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, anunciaram a criação de um novo projeto de submarinos como parte da nova aliança trilateral AUKUS. Segundo o acordo, os submarinos seriam construídos na Austrália utilizando tecnologia nuclear norte-americana e britânica.
A França criticou a ação, convocando seus embaixadores na Austrália e nos EUA por aquilo que Paris considerou constituir um "comportamento inaceitável entre aliados e parceiros". Jean-Yves Le Drian, ministro das Relações Exteriores francês, chamou o pacto de "facada nas costas".
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