Cientistas localizam 1 dos maiores e mais completos 'anéis de Einstein'
05:06 25.09.2021 (atualizado: 09:42 21.11.2021)
© Foto / ESA / Hubble & NASA GAL-CLUS-022058s, um dos mais completos anéis de Einstein. O objeto foi apelidado com o nome do cientista e também é assim chamado por sua aparência de anel derretido
© Foto / ESA / Hubble & NASA
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O objeto havia sido detectado pelo Telescópio Espacial Hubble em dezembro de 2020, porém somente agora foi examinado profundamente.
Uma equipe de astrônomos europeus utilizou um conjunto de dados prévios para estudar um dos maiores e mais completos "anéis de Einstein" jamais vistos antes.
O "estranho e muito raro" fenômeno astronômico, localizado na galáxia GAL-CLUS-022058s (constelação Fornax do Hemisfério Sul, conhecida como Fornalha), havia sido detectado em dezembro de 2020 pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA e da Agência Espacial Europeia.
"Para derivar as propriedades físicas desta galáxia com uma lente, é preciso um modelo específico de lente. Este modelo só foi possível obter com a imagem do Hubble", explicou Anastasio Díaz-Sánchez, da Universidade Politécnica de Cartagena, Espanha.
© ESA/Hubble & NASA, S. Jha, agradecimento: L. ShatzAneis da relatividade, ou "aneis de Einstein", na galáxia GAL-CLUS-022058s
Aneis da relatividade, ou "aneis de Einstein", na galáxia GAL-CLUS-022058s
© ESA/Hubble & NASA, S. Jha, agradecimento: L. Shatz
A partir desse modelo, os cientistas calcularam o fator de amplificação, que é um efeito de lente gravitacional.
Isso permitiu estudar as propriedades físicas da galáxia e, em particular, estabelecer que está localizada a 9,4 bilhões de anos-luz da Terra.
"A detecção de gás molecular, do qual nascem novas estrelas, nos deu a oportunidade de calcular o desvio para o vermelho, o que revelou que realmente estamos vendo uma galáxia muito distante", informou Nikolaus Sulzenauer, estudante do Instituto Max Planck de Radioastronomia e membro da equipe de pesquisa.
"Nossa pesquisa também demonstrou que se trata de uma galáxia padrão de formação de estrelas [ou galáxia de sequência principal] em seu pico de formação de estrelas no Universo", observou Helmut Dannerbauer, do Instituto de Astrofísica de Canárias.