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Após dizer na ONU não existir corrupção em seu governo, Bolsonaro admite 'problemas em ministérios'

© REUTERS / John MinchilloJair Bolsonaro, presidente do Brasil, durante 76ª Sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova York, EUA, 21 de setembro de 2021
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, durante 76ª Sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova York, EUA, 21 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 27.09.2021
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Durante o evento da Caixa Econômica Federal, o chefe do Executivo afirmou que desde que tomou posse, a corrupção "diminuiu muito", mas não foi eliminada de vez.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu nesta segunda-feira (27) que a corrupção não acabou em seu governo. Durante evento da Caixa Econômica Federal para dar início à programação para comemorar os mil dias de mandato, o presidente afirmou que a corrupção "diminuiu muito" desde que tomou posse.
"Quando se fala em mil dias sem corrupção [...]. Eliminou-se a corrupção? Obviamente que não. Podem acontecer problemas em alguns ministérios? Podem, mas não será da vontade nossa. Nós vamos buscar maneiras de, obviamente, apurar o caso [de corrupção] e tomar providências cabíveis com outros poderes sobre aquele possível ato irregular. Mas diminuiu muito a corrupção no Brasil, muito", declarou Bolsonaro, citado pelo jornal Estadão.
A afirmativa destoa do discurso que o próprio Bolsonaro deu na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 21 de setembro. Na ocasião, o presidente disse: "Estamos há dois anos e oito meses sem qualquer caso concreto de corrupção".
​Há pelo menos dois casos de suspeita de corrupção em investigação no governo federal. Em maio, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão que envolveram o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, e a cúpula do órgão ambiental por suspeitas de corrupção e favorecimento no contrabando de produtos ambientais.
O Ministério Público Federal (MPF) e a PF também investigam suspeitas de corrupção no contrato do Ministério da Saúde para comprar a vacina indiana Covaxin contra a COVID-19, com intermediação da empresa Precisa Medicamentos. O Ministério da Saúde negociou o imunizante por um preço muito acima do valor de mercado. No acordo, a dose da Covaxin custava R$ 80, valor quatro vezes maior que o da vacina da AstraZeneca e 50% maior que o da Pfizer, que o Ministério da Saúde menosprezou por considerar cara demais.
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