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Covaxin foi comprada pelo governo após laboratório dizer que não cumpriria prazo, revelam e-mails

© REUTERS / Adnan AbidiMinistro da Saúde da Índia, Harsh Vardhan, segura dose da vacina Covaxin contra a COVID-19. Arquivo Foto
Ministro da Saúde da Índia, Harsh Vardhan, segura dose da vacina Covaxin contra a COVID-19. Arquivo Foto - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2021
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Mesmo depois da Precisa Medicamentos firmar um compromisso com o governo em um contrato de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses da Covaxin, a Bharat seguiu frisando que não conseguiria cumprir o calendário.
A CPI da Covid apreendeu e-mails na sede da Precisa Medicamentos que mostram que o laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor da vacina Covaxin contra o novo coronavírus, alertou a empresa brasileira de que não teria como cumprir o cronograma de entregas oferecido ao Ministério da Saúde. Mas, mesmo ciente dessa informação, o contrato foi fechado em 25 de fevereiro, revela o jornal O Globo nesta quinta-feira (30).
A vacina indiana nunca conseguiu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Controladoria-Geral da União (CGU) recomendou que o negócio fosse cancelado, o que acabou acontecendo. Foram encontrados indícios de falsificação em documentos apresentados pela Precisa. O caso é investigado na CPI da Covid.
​Mesmo após a Precisa Medicamentos firmar um compromisso com o governo em um contrato de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses da Covaxin, a Bharat seguia frisando que não conseguiria cumprir o calendário. "A proposta indica um cronograma de entrega que não está alinhado com o nosso compromisso com o governo do Brasil. Se puder esclarecer, nós agradecemos", escreveu Apoorv Kumar em 26 de fevereiro, reporta a mídia.
Documentos apreendidos pela Polícia Federal (PF), em 17 de setembro, na sede da Precisa Medicamentos, em São Paulo, mostram ainda que a compra foi fechada pelo governo brasileiro sem um contrato formal entre a Precisa Medicamentos e o laboratório indiano Bharat Biotech.
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