Pequim prevê corrida armamentista na região devido à criação da AUKUS
11:24 30.09.2021 (atualizado: 11:28 30.09.2021)
© AFP 2023 / Drew AngererBandeiras australiana e americana durante o encontro entre premiê da Austrália Scott Morrison e o secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin no Pentágono, 22 de setembro de 2021
© AFP 2023 / Drew Angerer
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A criação da aliança AUKUS ou de qualquer outra cooperação entre os EUA, Reino Unido e Austrália no âmbito de submarinos nucleares intensificará a corrida armamentista na região, segundo a entidade.
Conforme disse em um briefing nesta quinta-feira (30) o representante oficial do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, isso pode colocar em perigo a segurança de todo o mundo.
"O desenvolvimento da cooperação entre os Estados Unidos, Reino Unido e a Austrália no domínio dos submarinos, qualquer que seja a forma, seja a concessão, exportação, pesquisas conjuntas ou desenvolvimento, vai intensificar gravemente a corrida armamentista na região, minará a paz e a estabilidade regionais, minará os esforços na área da segurança nuclear internacional e colocará em perigo a paz e a segurança em todo o mundo", declarou.
O representante oficial ressaltou também que "a China se opõe veementemente a isso".
© AP Photo / Marinha dos EUA / Naomi JohnsonSubmarino de ataque rápido USS Oklahoma City (SSN 723) da classe Los Angeles volta à base naval dos EUA em Guam, 19 de agosto de 2021
Submarino de ataque rápido USS Oklahoma City (SSN 723) da classe Los Angeles volta à base naval dos EUA em Guam, 19 de agosto de 2021
© AP Photo / Marinha dos EUA / Naomi Johnson
Recentemente, a Austrália anunciou uma parceria com o Reino Unido e os EUA na área da defesa e segurança, a AUKUS, e ao mesmo tempo a saída do acordo de submarinos com a companhia francesa Naval Group. Este contrato, no valor total de 56 bilhões de euros (R$ 350,85 bilhões), previa a fabricação de 12 submarinos de classe Barracuda.
O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, chamou a decisão australiana de romper o acordo de "facada nas costas". A União Europeia, por sua vez, lamentou que a nova aliança exclua os países da UE.