Cientistas revelam que humanos consumiam queijo azul e cerveja há 2.700 anos (FOTO)
© AP Photo / Boris GrdanoskiGrupo de paleontólogos trabalham escavando fósseis
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A paixão dos humanos por queijo e cerveja remonta a milhares de anos. No entanto, de acordo com um recente estudo, trabalhadores de uma mina de sal na Áustria desfrutavam de queijo azul e cerveja há 2.700 anos.
Os cientistas fizeram esta descoberta analisando amostras de excrementos humanos encontrados na mina de Hallstatt, nos Alpes austríacos. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (13) na revista Current Biology.
Frank Maixner, microbiologista do Instituto de Pesquisa Eurac em Bolzano, na Itália, e autor principal da pesquisa, disse que ficou surpreso ao saber que mais de dois mil anos atrás trabalhadores de minas de sal já tinham conhecimento suficiente para "usar intencionalmente a fermentação".
"Na minha opinião isto é muito sofisticado, isto é algo que eu não esperava naquela época", disse Maixner à agência AFP.
© AFP 2023 / ANWORA / Museum of Natural History of ViennaFezes humanas de 2.700 anos da mina de sal de Hallstatt na Áustria onde, além do mais, foram descobertos feijões, painço e cevada
Fezes humanas de 2.700 anos da mina de sal de Hallstatt na Áustria onde, além do mais, foram descobertos feijões, painço e cevada
© AFP 2023 / ANWORA / Museum of Natural History of Vienna
De acordo com pesquisadores, esta descoberta é a primeira evidência até a data da maturação de queijo na Europa. E, enquanto o consumo de álcool tem registros escritos e evidências arqueológicas mais antigos, as fezes dos mineiros continham a primeira evidência molecular do consumo de cerveja no continente naquela época.
A cidade de Hallstatt tem sido usada na produção de sal por mais de 3.000 anos, disse o microbiologista. Graças à temperatura constante de cerca de 8 °C e à alta concentração de sal na mina, as fezes dos trabalhadores ficaram particularmente bem-preservadas.