Origem de meteoritos mais antigos que Sol é rastreada por método inovador, aponta estudo

© Foto / Pixabay / Frantisek_Krejci Meteorito (imagem referencial)
Meteorito (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 14.10.2021
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Um dos maiores desafios no estudo dos grãos pré-solares é determinar suas origens, ou seja, a partir de quais estrelas eles se formaram.
A equipe da professora da Universidade de Washington e principal autora do estudo, Nan Liu, analisou amostras dos meteoritos de Murchinson, que caíram na cidade australiana de Murchinson em 1969.
De acordo com a professora, estes meteoritos são primitivos, ou seja, formaram-se no início do Sistema Solar e desde então permanecem praticamente intactos.
"A maioria dos meteoritos que vêm do cinturão de asteroides sofre colisões e aquecimentos", adiciona.
Estes meteoritos possuem grãos feitos de carboneto de silício, ou seja, átomos de silício e de carbono, ainda mais antigos que o Sol em seu material, segundo estudo publicado na revista Astrophysical Journal Letters.
Para os pesquisadores, a possível origem desses fragmentos são estrelas gigantes vermelhas cujas atmosferas contêm mais carbono que oxigênio.
© Foto / NASA, Nan Liu e Andrew DavisImagem de microscópio eletrônico de um carbonete de silício extraído do meteorito
Imagem de microscópio eletrônico de um carbonete de silício extraído do meteorito  - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Imagem de microscópio eletrônico de um carbonete de silício extraído do meteorito
De acordo com Liu, as medições anteriores revelam taxas de isótopos de carbono e nitrogênio mais baixas nesses grãos.
"Estes grãos [de rocha espacial] passaram centenas de milhões de anos no meio interestelar e bilhões de anos no nosso Sistema Solar, portanto, sua superfície pode ter absorvido esses materiais [nesse tempo]", afirmou a professora, ressaltando que os pesquisadores desenvolveram um método capaz de remover qualquer impureza da superfície dos grãos.
O novo método dissolve os pedaços do meteorito em ácido até se tornarem pequenos fragmentos de carboneto de silício e, posteriormente, os grãos são banhados com feixes de íons de césio e oxigênio.
A descoberta oferece uma nova oportunidade de compreender este tipo específico de estrela.
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