EUA e Filipinas retomarão exercícios militares em 2022 com Reino Unido e Austrália como observadores

© AP Photo / Bullit MarquezAeronave da Força Aérea das Filipinas lançando bomba durante exercício conjunto com os EUA (foto de arquivo)
Aeronave da Força Aérea das Filipinas lançando bomba durante exercício conjunto com os EUA (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2021
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Os EUA e as Filipinas estão planejando voltar aos exercícios militares conjuntos em larga escala em 2022, e deverão convidar a Austrália e o Reino Unido como observadores, sendo isso outro sinal do impulso da administração Biden para aprofundar os laços com a região do Indo-Pacífico.
Os EUA querem "aumentar a complexidade e o alcance" de seus exercícios militares com as Filipinas e planejam convidar novos parceiros para se juntarem aos treinamentos, afirmou o almirante John Aquilino, chefe do Comando no Indo-Pacífico dos EUA, em uma coletiva de imprensa na capital filipina, Manila, citado pelo South China Morning Post.
Por seu lado, o chefe militar filipino José Faustino reiterou que o Reino Unido, a Austrália e o Japão estão entre os países "com a mesma mentalidade" que poderiam se juntar aos exercícios como observadores.
A China, contudo, não se opõe aos exercícios militares de outras nações, mas espera que "eles não visem nenhum [Estado] terceiro", comentou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do gigante asiático, Zhao Lijian, em uma coletiva de imprensa regular em Pequim, citado pela mídia.
O aumento do envolvimento militar toma lugar após os EUA, o Reino Unido e a Austrália terem revelado, no mês passado, uma parceria de segurança, apelidada de AUKUS, que permite a Camberra adquirir tecnologia de submarinos movidos a energia nuclear.
Enquanto algumas nações do Sudeste Asiático se mostraram preocupadas com a possibilidade de o pacto mencionado provocar uma corrida armamentista regional, as Filipinas apoiaram amplamente a iniciativa, advertindo que Manila queria manter boas relações de defesa com todos os países do Indo-Pacífico, relata o South China Morning Post.
No início de seu mandato, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, pretendia terminar com os exercícios militares com os EUA, enquanto procurava construir laços com a China. Porém, nos últimos meses as Filipinas têm se voltado para sua aliança de longa data com Washington em meio a tensões com Pequim sobre o domínio do mar do Sul da China.
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