Embaixador israelense acusa Irã de usar reuniões em torno do JCPOA para 'ganhar tempo'
16:44 19.10.2021 (atualizado: 07:57 20.10.2021)
© AP Photo / Brendan SmialowskiEm junho de 2015, um conjunto de países aprovou, na cidade suíça de Lausanne, o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que regula o programa nuclear do Irã
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O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, acusou nesta terça-feira (19) o Irã de usar os diálogos diplomáticos em Viena para ganhar tempo e conseguir enriquecimento de urânio quase suficiente para construir uma arma.
"A verdadeira ameaça à segurança global está avançando rapidamente, [caso] o Irã continue a progredir em direção a seu objetivo de se tornar um Estado nuclear [...] [Teerã] está usando as conversações diplomáticas para ganhar tempo para que possa enriquecer urânio até níveis próximos do nível militar, enquanto adquire conhecimento nuclear que nunca poderá ser revertido", advertiu Erdan o Conselho de Segurança da ONU.
O embaixador israelense também afirmou que a República Islâmica continua desrespeitando seus compromissos internacionais em relação ao enriquecimento e armazenamento de urânio. Adicionalmente, também apontou que o Irã segue obstruindo o trabalho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), responsável por monitorar o programa nuclear da nação persa.
Desde abril de 2021 que Viena vem albergando as negociações entre os membros do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) com o objetivo de reavivar o acordo nuclear de 2015.
A sexta rodada de conversações terminou em 20 de junho, mas desde então as negociações chegaram a um impasse. O Irã insistiu que as negociações deveriam ser retomadas depois que o novo presidente do país, Ebrahim Raisi, tomasse posse.
De acordo com o representante permanente russo em organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov, o trabalho para restaurar o acordo nuclear iraniano foi concluído em quase 90%, sendo a única questão pendente o aspecto político das obrigações dos EUA.