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Estudo sugere que há 84 milhões de anos Terra se inclinou em relação ao eixo de rotação
Estudo sugere que há 84 milhões de anos Terra se inclinou em relação ao eixo de rotação
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Em um recente estudo pesquisadores têm encontrado mais evidências de que a Terra tomba de vez em quando. 19.10.2021, Sputnik Brasil
2021-10-19T07:50-0300
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Sabe-se que os continentes estão se movendo lentamente devido à tectônica das placas, mas a deriva continental só empurra as placas tectônicas umas contra as outras. Nas últimas décadas tem sido debatida a questão se a camada externa e sólida da Terra pode oscilar ou mesmo se inclinar em relação ao eixo de rotação.Essa deslocação da Terra é chamada de "deriva polar verdadeira", mas as evidências deste processo têm sido controversas.Uma pesquisa recém-publicada na revista Nature Communications, liderada por Joe Kirschvink do Instituto de Ciências da Terra-Vida (ELSI, na sigla em inglês) no Japão e Ross Mitchell do Instituto de Geologia e Geofísica de Pequim, fornece algumas das evidências mais convincentes de que esse tombo planetário realmente ocorreu no passado do nosso planeta, avança portal Phys.org.A Terra é uma bola estratificada, com um núcleo interno de metal sólido, um núcleo externo de metal líquido e um manto sólido e uma crosta predominante na superfície da qual vivemos. Tudo isso gira como um pião. Uma vez que o núcleo exterior da Terra é líquido, o manto e a crosta sólidos são capazes de deslizar por cima dele."Imagine olhar para a Terra do espaço, a verdadeira deriva polar pareceria como se a Terra estivesse se inclinando de lado, mas o que está realmente acontecendo é que toda a casca rochosa do planeta – o manto sólido e a crosta – estão girando em torno do núcleo exterior líquido", explicou Kirschvink.Embora os cientistas possam medir a deriva polar verdadeira com elevando grau de precisão usando satélites, os geólogos ainda discutem se grandes rotações do manto e da crosta ocorreram no passado da Terra.Um debate particularmente acalorado tem sido sobre eventos ocorridos durante o Cretáceo Superior há cerca de 84 milhões de anos.A equipe descobriu também que a Terra parece ter corrigido a si mesma: depois de tombar para o lado, a Terra inverteu a direção girando precisamente para trás e fazendo uma digressão total de quase 25˚ de arco em cerca de cinco milhões de anos, isto certamente foi um "ioiô cósmico".
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Estudo sugere que há 84 milhões de anos Terra se inclinou em relação ao eixo de rotação
07:50 19.10.2021 (atualizado: 11:09 21.11.2021) Em um recente estudo pesquisadores têm encontrado mais evidências de que a Terra tomba de vez em quando.
Sabe-se que os continentes estão se movendo lentamente devido à tectônica das placas, mas a deriva continental só empurra as placas tectônicas umas contra as outras. Nas últimas décadas tem sido debatida a questão se a camada externa e sólida da Terra pode oscilar ou mesmo se inclinar em relação ao eixo de rotação.
Essa deslocação da Terra é chamada de "deriva polar verdadeira", mas as evidências deste processo têm sido controversas.
Uma pesquisa recém-publicada na revista Nature Communications, liderada por Joe Kirschvink do Instituto de Ciências da Terra-Vida (ELSI, na sigla em inglês) no Japão e Ross Mitchell do Instituto de Geologia e Geofísica de Pequim, fornece algumas das evidências mais convincentes de que esse
tombo planetário realmente ocorreu no passado do nosso planeta,
avança portal Phys.org.
A Terra é uma bola estratificada, com um
núcleo interno de metal sólido, um núcleo externo de metal líquido e um manto sólido e uma crosta predominante na superfície da qual vivemos. Tudo isso gira como um pião. Uma vez que o núcleo exterior da Terra é líquido, o manto e a crosta sólidos são capazes de deslizar por cima dele.
Além disso, à medida que se formam, muitas rochas "registram" a direção do campo magnético local, tal como uma fita magnética grava a música. Por exemplo, minúsculos cristais de magnetita mineral produzidos por algumas bactérias alinham-se como minúsculas agulhas de bússola, e ficam presos nos sedimentos quando a rocha se solidifica. Este magnetismo "fóssil" pode ser usado para rastrear para onde o eixo de rotação está vagando em relação à crosta.
"Imagine olhar para a Terra do espaço, a verdadeira deriva polar pareceria como se a Terra estivesse se inclinando de lado, mas o que está realmente acontecendo é que toda a
casca rochosa do planeta – o manto sólido e a crosta – estão girando em torno do núcleo exterior líquido",
explicou Kirschvink.
Embora os cientistas possam medir a deriva polar verdadeira com elevando grau de precisão usando satélites, os geólogos ainda discutem se grandes rotações do manto e da crosta ocorreram no passado da Terra.
Um debate particularmente acalorado tem sido sobre eventos ocorridos durante o Cretáceo Superior há cerca de 84 milhões de anos.
Após analisar rochas das montanhas da Itália central, Kirschvink e seus colegas descobriram, tal como previa a hipótese da deriva polar verdadeira, que os dados italianos indicavam uma inclinação do planeta de aproximadamente 12˚ há 84 milhões de anos.
A equipe descobriu também que a Terra parece ter corrigido a si mesma: depois de tombar para o lado, a Terra inverteu a direção girando precisamente para trás e fazendo uma digressão total de quase 25˚ de arco em cerca de cinco milhões de anos, isto certamente foi um "ioiô cósmico".