Nova lei da China é ação 'unilateral' e pode agravar tensões na fronteira, diz Índia
05:34 28.10.2021 (atualizado: 09:28 28.10.2021)
© AP Photo / Anjum NaveedUm soldado do exército paquistanês de guarda no topo de uma área frontal na Linha de Controle (LOC), que divide a Caxemira entre o Paquistão e a Índia. (Arquivo)
© AP Photo / Anjum Naveed
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O governo indiano expressou preocupação com a nova lei de fronteiras terrestres da China, que poderia agravar as tensões fronteiriças entre os dois países, definindo a lei como um "movimento unilateral".
A lei estabelece que a China respeita os tratados celebrados com países estrangeiros em matéria de fronteiras terrestres, mas também disposições para reorganizar os distritos nas zonas fronteiriças.
"Esperemos que a China evite atuar sob o pretexto desta lei, que poderia alterar unilateralmente a situação nas áreas da fronteira indochinesa”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Arindam Bagchi, citado pela Reuters.
Além disso, o porta-voz espera que este "movimento unilateral" chinês não tenha qualquer influência nos acordos bilaterais sobre questões fronteiriças alcançados por ambos os lados.
Os dois países concluíram diversos acordos, protocolos e medidas bilaterais para manter a paz e a tranquilidade ao longo da Linha de Controle Real nas regiões fronteiriças indochinesas.
Esta é a primeira vez que a China aprova uma lei dedicada a especificar como o país governa e protege sua fronteira terrestre de 22 mil quilômetros compartilhada com 14 paíseshttps://t.co/nzYUW4OAsp
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) October 25, 2021
"Sublinhamos que a Índia e a China ainda não resolveram a questão fronteiriça. Ambos os lados concordaram em buscar uma solução justa, razoável e aceitável para a questão fronteiriça através de consultas em pé de igualdade", adicionou Bagchi.
No sábado (23), a China aprovou uma nova lei de fronteiras que permite ao Estado e às Forças Armadas tomar as medidas necessárias para proteger o território e "combater quaisquer atos" que minem as reivindicações territoriais da China.