China pode invadir Taiwan 'em breve', afirma ex-premiê da Austrália

© REUTERS / Ann WangVeteranos participam de cerimônia de hasteamento de bandeira em antigo posto militar em Kinmen, Taiwan, 15 de outubro de 2021
Veteranos participam de cerimônia de hasteamento de bandeira em antigo posto militar em Kinmen, Taiwan, 15 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 30.10.2021
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Ex-primeiro-ministro da Austrália exortou as "democracias parceiras de Taiwan" a aplicar mais esforços para ajudar a ilha contra o que poderia ser "uma verdadeira invasão" por parte da China.
A China poderá em breve invadir Taiwan ou avançar nesse sentido, afirmou na sexta-feira (29) Tony Abbott, ex-premiê da Austrália (2013-2015), citado pelo portal Defense News.
"Acho muito possível que em algum momento, talvez bastante em breve, a China possa aumentar o ímpeto, seja com um bloqueio da chamada província rebelde, para ensinar aos taiwaneses que eles [...] precisam fazer algum tipo de acomodação com Pequim, ou, talvez, até uma verdadeira invasão", teorizou na sexta-feira (29) Abbott, em um evento no Centro Wilson australiano.
"Na ausência de apoio dos outros [países], os taiwaneses podem achar esta uma luta desigual e fundamentalmente desesperada, e é por isso que acho importante que as democracias parceiras de Taiwan proporcionem toda a solidariedade que podemos", disse o antigo primeiro-ministro do país oceânico.
© REUTERS / Agência de Notícias Central Tony Abbott, ex-premiê da Austrália (2013-2015), fala com Tsai Ing-wen, presidente taiwanesa, em Taipé, Taiwan, 7 de outubro de 2021
Tony Abbott, ex-premiê da Austrália (2013-2015), fala com Tsai Ing-wen, presidente taiwanesa, em Taipé, Taiwan, 7 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Tony Abbott, ex-premiê da Austrália (2013-2015), fala com Tsai Ing-wen, presidente taiwanesa, em Taipé, Taiwan, 7 de outubro de 2021
No início do mês, Abbott visitou Taipé, onde fez comentários a favor da ilha, avisando que a China pode atacar "desastrosamente" o território na tentativa de alcançar uma reunificação. Joe Biden, presidente dos EUA, por sua vez, declarou em 22 de outubro, em resposta a uma pergunta, que Washington defenderia Taiwan em caso de ataque da China, levando a críticas de Pequim em ambos os casos.
Neste ano, a China tem aumentado os voos na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ, na sigla em inglês) de Taiwan, que não reconhece, levando a maior movimentação por parte de Taipé e países ocidentais a favor do território autogovernado.
Pequim defende a política de Uma Só China, reconhecida oficialmente pela ONU e os EUA desde os anos 1970, e espera que Taiwan um dia complete a reunificação com o país. Pequim tem ainda exortado os países estrangeiros, particularmente os EUA, a não se intrometerem nos assuntos internos do país.
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